A maldição do tabagismo
A maldição do tabagismo
Em 24 de setembro de 2010
Miguel Carqueija
A Organização Mundial da Saúde classifica o fumo como pandemia.
Sabe-se que, na Inglaterra do século XIX, professores davam aulas de fumo.
Nos filmes glamourosos da Hollywood, nas décadas de 30, 40, 50, era comum que os galãs fumassem desbragadamente, até jogando a fumaça na cara de suas namoradas. Elas até parecem indiferentes nos filmes, mas as atrizes reais deviam estar mentalmente xingando as mães dos seus parceiros.
Hoje, não há mais desculpa. Até as embalagens dos cigarros, por orientação do Ministério da Saúde, alertam quanto aos males do tabagismo. E não são males pequenos: segundo a página da Fiocruz, são "aproximadamente 4720 substâncias tóxicas" presentes no cigarro ( na fumaça) incluindo mais de 60 cancerígenos. A nicotina, que provoca a dependência química, é uma das substâncias cancerígenas.
Quanto aos metais pesados, chumbo e cádmio, lemos: "concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos, o que leva á perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispneia, enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago".
É constrangedor para mim saber que, embora não lhe faltem informações, meu irmão prossegue fumando, ano após ano, e já não tem mais nem idade para isso. Quando confrontado, alega que "não traga", o que é apenas detalhe paliativo. Infelizmente, o próprio Jesus Cristo disse que "ninguém é profeta em sua terra" e além do mais, os fumantes são as pessoas mais teimosas sobre a face da Terra.
(nota: texto publicado originalmente no Portal Entretextos; anos depois meu irmão felizmente abandonou o fumo)