Os católicos e o carnaval
OS CATÓLICOS E O CARNAVAL
Miguel Carqueija
A TV Canção Nova, que é a minha emissora de televisão favorita, tem uma programação de folia em sua sede na cidade de Cachoeira Paulista, quando chega o Carnaval. É um festejo sem imoralidades, bebedeiras, drogas, e com canções que falam em Deus, em Fé. Mas eu não aprecio, pois me parece destoar muito do ideal católico.
Sabemos pela evidência que as festas de Momo são pervertidas, estimulam a fornicação (consequentemente muitos nascimentos não desejados e até abortos), a embriaguez, a nudez lasciva, a dissipação de recursos, brigas, acidentes e assassinatos. Muito se fala que é possível brincar o carnaval de forma inocente. Será? Já há décadas atrás o saudoso Dom Marcos Barbosa, em seu excelente programa de rádio, observou como isso era difícil, pois cada vez mais essas festas faziam lembrar as “pompas de Satanás”.
A melhor coisa que um católico pode fazer é um retiro espiritual, dedicando-se à oração, jejum e penitência, e assistir missas.
Não podendo fazer, de qualquer forma recolha-se da melhor maneira possível; ignore o Carnaval, inclusive as transmissões de tv. Não faça de conta que não percebe o caráter de orgia que cerca esses festejos.
A folia católica que ocorre em alguns lugares, como na Canção Nova, pode ser limpa mas é a meu ver inadequada, inútil. Tentei assistir. As músicas são ruins, a agitação dos jovens não ajuda a elevação espiritual. Pela doutrina da comunhão dos santos sabemos que os cristãos, em suas orações e mortificações, podem obter pelo Sangue de Cristo a conversão de muitos pecadores. Mas entrar em folias mesmo inocentes não serve a esse mister. Pode não ser depravação, mas é dissipação. Melhor não participar de qualquer tipo de folia carnavalesca, por mais limpa que pareça.
Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 2019.