Juventude e Constituição: salvaguardas da nação
A Constituição de 1988 (Constituição Cidadã), celebrada após 20 anos de sua promulgação, marcou o encerramento de um longo processo político e social de repressão e abriu o país para experiências ausentes nas Cartas anteriores.
Esta Constituição emblemou o fim do regime autoritário, conhecido como Regime Militar (1964-1985), que se caracterizou pelo cerceamento da liberdade de manifestação da opinião: por proibição e censura.
Sua elaboração foi o resultado de um amplo processo de mobilização da sociedade e confronto de ideias. Todos se apresentavam com a disposição de "melhorar o país", fazer uma nação mais democrática, livre e justa.
No entanto, o Brasil passa novamente por uma crise de representatividade, evidenciada por uma crescente insatisfação com a administração do Poder Público e pelas descobertas de corrupção. Em contrapartida, a participação popular também se encontra em déficit, apesar de esta ter evoluído substancialmente nos últimos anos.
A participação de jovens ainda é insuficiente. Muitas vezes, os jovens são criticados por "não terem experiência suficiente"; mas, na verdadeira, são essenciais: quaisquer mudanças na história, na política e no desenvolvimento econômico deste país passa pela participação ativa da juventude.
Portanto, cabe ao jovem reivindicar e assumir seu papel na participação de movimentos sociais e políticos, como antes do período da ditadura militar. Che Guevara afirma: "Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética." O jovem precisa ser estimulado em um contexto de educação política e cidadã. O incentivo à participação social é a chave para o eclodimento de novas normativas.