Em busca da educação
As cidades e comunidades se criam pela necessidade do ser humano de se proteger, unir forças para criar meios de sobrevivência. Então as cidades vão se formando em entornos atrativos, sempre perto de água potável, solo fértil, terreno propício ao povoamento. Os serviços são oferecidos diversificadamente. As pessoas interagem, se relacionam, criam escolas, empresas, governos, tudo com o simples e direto fim da sobrevivência.
Ao nascer, uma criança ou é cuidada em família, ou, se rejeitada, pode ser colocada em alguma caçamba de lixo qualquer. A capacidade do ser humano em se unir para boas causa e para causas destrutivas é visível a olhos nus.
Princípios de respeito, hierarquia, honestidade e convivência pacífica estão precisando urgentemente serem resgatados. Por motivos obscuros isso foi tirado de muitos do povo. Acredito até que, em alguns casos, de forma involuntária, quando, por exemplo, pais ricos substituem presença por brinquedos. E não dispensam mínimo tempo aos filhos, deixando a educação a cargo de serviçais e da escola. Vemos disso resultados como quantos jovens de classe média, envolvidos em grupos arruaceiros, matam moradores de rua, põe fogo em índio(s): vejo isso como uma resposta à necessidade de se unir a causas semelhantes, a necessidade de buscar companhia que combinem com sua revolta, porque a solidão e o desprezo vivenciados precisam ser superados a qualquer custos. Essas mentes, vulneráveis, são presa fácil aos maus intentos de vários grupos cheios de desejos de ódio, violência e destruição. E é claro que cada mente se forma de acordo com o meio em que viveu. O que recebeu. O que aprendeu. O que o alimentou para chegar a atitudes animalescas.
A educação deve ser encarada como um desafio ultra necessário, que deve ser implantada não só junto às escolas, mas junto às famílias, junto aos presídios. Porque somente através da formulação de mentes conscientes de seus deveres é que se pode alcançar uma sociedade pronta a usufruir de direitos. A civilidade é antônima ao terrorismo. Mas conseguir uma sociedade sociável é fruto de muito trabalho. Trabalho esse que deve ser encarado com responsabilidade com todos os setores influenciadores da sociedade.
O conhecimento está posto a disposição de todos nós. Alguns enveredam por caminhos tortuosos que acabarão levando a uma derrocada: criminalidade; isolamento; depressão; suicídio, violência, terrorismo, corrupção, mortes prematuras de inocentes.
Mas aqueles que conseguem se desvencilhar das tramas das mentes dominadoras que conduzem a espaços de violência e morte, conseguirão sim encontrar comunidades que tenham uma busca pela paz, solidariedade e respeito. E muitas dessas comunidades já trabalham para o bem comum, pela paz social e por uma educação civilizada, feita com princípios de honestidade, respeito e trabalho.
O progresso do capitalismo. O progresso da democracia. O progresso da educação. Nenhum desses precisam de ideologias fechadas, de mentes muitas vezes doentias. Nós precisamos de justiça e paz social. Para que a sociedade possa realmente se desenvolver para futuro promissor, onde a paz e a amizade sejam frutos que se quer colher.