Perdido no tempo...
Em 1868 um fazendeiro se ajoelhava diante do imperador sob o olhar atento de um escravo liberto, o homem referenciava o líder supremo daquela nação.
O tempo passou, as areias fluíram de um lado ao outro da ampulheta, o fazendeiro desceu primeiro ao mundo espiritual, vislumbrou a chegada do grande imperador deposto e anos mais tarde viu chegar o escravo fiel do irmão bendito a quem serviu com zelo e amor.
O fazendeiro foi informado pelo escravo que o senhor havia o libertado assim que se tornou seu dono, além disso, se fez seu mestre e lhe ensinou a ler e a escrever.
Todos voltaram ao palco carnal, o fazendeiro na simplicidade da vida, o escravo se tornou chefe de estado e um dia estando novamente um diante do outro o jovem fazendeiro de outrora caiu de joelhos ao chão, o então chefe corre para levantar aquele que cai e o fazendeiro como que arrematado pelas lembranças diz: "hoje eu me ajoelho diante do velho escravo!"
A vida segue sem interrupções, hora na carne, hora fora dela, assim prosseguirmos nos encontrando e nos separando momentâneamente.