“Eu tinha 9 anos quando a gente se encontrou: o Ciúme e eu. Era verão. Eu dormia no mesmo quarto que a minha irmã. A janela estava aberta.
De repente, sem nem saber direito se eu estava acordada ou dormindo, eu senti direitinho que ele estava ali:
[...] Senti ele chegando cada vez mais perto. Fui me encolhendo.
‘Pega a minha irmã’, eu falei. ‘Ali, ó, na outra cama. Eu sou pequena e ela já fez 14 anos, pega ela! Ela é bonita e eu sou feia; o meu pai, a minha mãe, a minha tia, todo mundo prefere ela: por que você não prefere também?”
(BOJUNGA, Lygia. Tchau. Ilustr. Regina Yolanda. 18. ed. 6. impr. Rio de Janeiro: Agir, 2001).
MODELO: Emancipatório: Neste modelo, não há intermediação do adulto na relação entre a criança e a realidade, o que coloca a criança numa posição de autonomia. Neste tipo de narrativa, os problemas discutidos e os temas propostos, desenvolvem nos leitores sentimentos, atitudes, tomada de decisões, fazem as próprias crianças elaborarem sua moral, pois a levam a refletir sobre o que leem e a tirar suas próprias conclusões, reelaborando suas emoções, experimentando novas formas de relacionamento, buscando caminhos próprios, se fortalecendo, modificando e crescendo. Nas histórias dessa modalidade, os escritores não estão mais empenhados em circunscrever as personagens ao âmbito exclusivo de sua faixa etária em que as questões colocadas pelas narrativas adquirem um significado mais amplo, válido tanto para adultos quanto para crianças.
De repente, sem nem saber direito se eu estava acordada ou dormindo, eu senti direitinho que ele estava ali:
[...] Senti ele chegando cada vez mais perto. Fui me encolhendo.
‘Pega a minha irmã’, eu falei. ‘Ali, ó, na outra cama. Eu sou pequena e ela já fez 14 anos, pega ela! Ela é bonita e eu sou feia; o meu pai, a minha mãe, a minha tia, todo mundo prefere ela: por que você não prefere também?”
(BOJUNGA, Lygia. Tchau. Ilustr. Regina Yolanda. 18. ed. 6. impr. Rio de Janeiro: Agir, 2001).
MODELO: Emancipatório: Neste modelo, não há intermediação do adulto na relação entre a criança e a realidade, o que coloca a criança numa posição de autonomia. Neste tipo de narrativa, os problemas discutidos e os temas propostos, desenvolvem nos leitores sentimentos, atitudes, tomada de decisões, fazem as próprias crianças elaborarem sua moral, pois a levam a refletir sobre o que leem e a tirar suas próprias conclusões, reelaborando suas emoções, experimentando novas formas de relacionamento, buscando caminhos próprios, se fortalecendo, modificando e crescendo. Nas histórias dessa modalidade, os escritores não estão mais empenhados em circunscrever as personagens ao âmbito exclusivo de sua faixa etária em que as questões colocadas pelas narrativas adquirem um significado mais amplo, válido tanto para adultos quanto para crianças.