GRANDE DESEMPENHO DE MARINA SILVA NO ÚLTIMO DEBATE
GRANDE DESEMPENHO DE MARINA SILVA NO ÚLTIMO DEBATE
Miguel Carqueija
O debate na Globo, iniciado ontem e terminado já de madrugada, contou com sete candidatos, orientados pelo problemático William Bonner (dessa vez ele parecia menos mal-humorado, mas cometeu vários erros). Jair Bolsonaro não compareceu alegando ordem médica mas me parece que ele poderia ter ido, levando médico e enfermeira. Afinal ele já teve alta e foi noticiado que deu entrevista em outra emissora (eu não flagrei). O Cabo Daciolo, que até aqui vinha aparecendo, não se encontrava e nenhuma explicação foi dada. Cogito uma relação com o fato de que no debate na Record o Daciolo atacou a Rede Globo. E ainda elogiou as novelas da Record. Haverá melhor explicação que o ciúme?
E, claro, outros candidatos jamais foram chamados esse ano, como José Maria Eymael.
Em todo o caso, quem melhor se apresentou foi, disparada, a Marina Silva. Ela me parece que já transcendeu com sua grandeza o desejo de vitória. Agradeceu a Deus, mostrou-se feliz e enfim, na saída do debate, citou São Francisco de Assis e a frase “É dando que se recebe” que, como ela declarou com muita propriedade, foi deturpada, profanada pela política brasileira mas é uma grande frase da espiritualidade católica (notável declaração, pois Marina é da Assembléia de Deus).
Marina se declarou uma pacificadora. Ela está coberta de razão, o país está dividido em barreiras de ódio que na verdade foram erguidas pela esquerda marxista (e se agora apareceu uma contrapartida, foi o próprio PT quem provocou a subida). Lembrou ainda esta GRANDE Marina Silva que ela tem amor no coração e por isso alguns não a compreendem e a julgam sem força para governar o país. Eu topei diversas vezes com tal argumento e com franqueza o que posso dizer é que não tem o menor cabimento, mesmo vindo de pessoas inteligentes. Ter bondade no coração não é ser fraca, muito pelo contrário, sempre que ela aparece e se manifesta passa energia, e seu discurso além de ético é o mais profundo e verdadeiro de todos. E neste último debate Marina enfrentou Haddad, jogando-lhe na face o fato óbvio de que o PT não tem auto-crítica. E embora Haddad negasse, não trouxe nenhum fato específico para criticar o PT apesar da avalanche de corrupção que envolveu este partido.
(Só para lembrar que essa mulher que na visão, talvez machista e preconceituosa de alguns, não tem força ou pulso para ser presidente, veio de baixo, foi seringalista na Amazônia, teve malária e hepatite várias vezes, ajudou o pai a criar sete irmãos e só se alfabetizou aos 16 anos; qual dos nossos políticos acostumados à boa vida teria aguentado tudo isso?)
O Brasil tem uma longa tradição negativa de desvalorizar seus melhores elementos. Isso já aconteceu na passagem do século 19 para o 20, quando nosso grande físico e inventor, o Padre Roberto Landell de Moura, pioneiro da telefonia e da radiodifusão, não obteve o apoio necessário nem financeiro, nem moral, para colocar o país na liderança desses campos (pelo contrário, teve sua casa invadida por fanáticos que destruíram os seus aparelhos). Não tiveram apoio suficiente em nossa política Sandra Cavalcanti, que poderia ter sido governadora do Rio de Janeiro e depois presidente; e o Dr. Enéas Carneiro, cujo projeto nacionalista teria salvo o Brasil do caos em que mergulhou.
E como disse hoje cedo, no final do debate, a Marina Silva, a crise brasileira (e isso poucos dizem) é principalmente uma crise de valores. Este é o verdadeiro critério para colocar a nação nos eixos. Não acho necessário “refundar a república” como propõe o Álvaro Dias (de resto um sujeito sem papas na língua e inteligente); precisamos é reinstalar Deus no coração dos brasileiros, pois cada vez mais Deus é excluído da vida diária restando apenas como um nome que se repete de vez em quando mas que não influencia nosso modo de agir. E especialmente, é preciso que os políticos tenham amor a Deus para que assim aprendam a amar o nosso povo.
Marina Silva nos ama, ela ama o povo brasileiro, e amor com amor se paga.
GRANDE DESEMPENHO DE MARINA SILVA NO ÚLTIMO DEBATE
Miguel Carqueija
O debate na Globo, iniciado ontem e terminado já de madrugada, contou com sete candidatos, orientados pelo problemático William Bonner (dessa vez ele parecia menos mal-humorado, mas cometeu vários erros). Jair Bolsonaro não compareceu alegando ordem médica mas me parece que ele poderia ter ido, levando médico e enfermeira. Afinal ele já teve alta e foi noticiado que deu entrevista em outra emissora (eu não flagrei). O Cabo Daciolo, que até aqui vinha aparecendo, não se encontrava e nenhuma explicação foi dada. Cogito uma relação com o fato de que no debate na Record o Daciolo atacou a Rede Globo. E ainda elogiou as novelas da Record. Haverá melhor explicação que o ciúme?
E, claro, outros candidatos jamais foram chamados esse ano, como José Maria Eymael.
Em todo o caso, quem melhor se apresentou foi, disparada, a Marina Silva. Ela me parece que já transcendeu com sua grandeza o desejo de vitória. Agradeceu a Deus, mostrou-se feliz e enfim, na saída do debate, citou São Francisco de Assis e a frase “É dando que se recebe” que, como ela declarou com muita propriedade, foi deturpada, profanada pela política brasileira mas é uma grande frase da espiritualidade católica (notável declaração, pois Marina é da Assembléia de Deus).
Marina se declarou uma pacificadora. Ela está coberta de razão, o país está dividido em barreiras de ódio que na verdade foram erguidas pela esquerda marxista (e se agora apareceu uma contrapartida, foi o próprio PT quem provocou a subida). Lembrou ainda esta GRANDE Marina Silva que ela tem amor no coração e por isso alguns não a compreendem e a julgam sem força para governar o país. Eu topei diversas vezes com tal argumento e com franqueza o que posso dizer é que não tem o menor cabimento, mesmo vindo de pessoas inteligentes. Ter bondade no coração não é ser fraca, muito pelo contrário, sempre que ela aparece e se manifesta passa energia, e seu discurso além de ético é o mais profundo e verdadeiro de todos. E neste último debate Marina enfrentou Haddad, jogando-lhe na face o fato óbvio de que o PT não tem auto-crítica. E embora Haddad negasse, não trouxe nenhum fato específico para criticar o PT apesar da avalanche de corrupção que envolveu este partido.
(Só para lembrar que essa mulher que na visão, talvez machista e preconceituosa de alguns, não tem força ou pulso para ser presidente, veio de baixo, foi seringalista na Amazônia, teve malária e hepatite várias vezes, ajudou o pai a criar sete irmãos e só se alfabetizou aos 16 anos; qual dos nossos políticos acostumados à boa vida teria aguentado tudo isso?)
O Brasil tem uma longa tradição negativa de desvalorizar seus melhores elementos. Isso já aconteceu na passagem do século 19 para o 20, quando nosso grande físico e inventor, o Padre Roberto Landell de Moura, pioneiro da telefonia e da radiodifusão, não obteve o apoio necessário nem financeiro, nem moral, para colocar o país na liderança desses campos (pelo contrário, teve sua casa invadida por fanáticos que destruíram os seus aparelhos). Não tiveram apoio suficiente em nossa política Sandra Cavalcanti, que poderia ter sido governadora do Rio de Janeiro e depois presidente; e o Dr. Enéas Carneiro, cujo projeto nacionalista teria salvo o Brasil do caos em que mergulhou.
E como disse hoje cedo, no final do debate, a Marina Silva, a crise brasileira (e isso poucos dizem) é principalmente uma crise de valores. Este é o verdadeiro critério para colocar a nação nos eixos. Não acho necessário “refundar a república” como propõe o Álvaro Dias (de resto um sujeito sem papas na língua e inteligente); precisamos é reinstalar Deus no coração dos brasileiros, pois cada vez mais Deus é excluído da vida diária restando apenas como um nome que se repete de vez em quando mas que não influencia nosso modo de agir. E especialmente, é preciso que os políticos tenham amor a Deus para que assim aprendam a amar o nosso povo.
Marina Silva nos ama, ela ama o povo brasileiro, e amor com amor se paga.