USOS E COSTUMES DIFERENTES, OUTRORA.

Quarta-feira, 3 de Outubro de 2018

As pessoas na faixa de quarenta anos ou menos que ficam espantadas com o que os mais velhos contam a respeito de um passado recente, desses mesmos quarenta anos para trás, cinquenta, sessenta e até uns oitenta, porque não sabem e, principalmente, não podem medir a diferença que existe entre aqueles tempos e os atuais. Isso por questões óbvias. Não eram vivas, ainda.

Mas é necessário que estas mesmas pessoas, através das facilidades que a internet produz e nos oferece, buscarem as diferenças pelas quais o mundo mudou. De um século para cá. É coisa abissal, principalmente no tocante ao comportamento social.

Elas também devem procurar entender as dificuldades que uma pessoa idosa possui para viver e sobreviver nesses tempos. Em função dessas mudanças radicais que aconteceram no mundo e em nossas vidas. É uma ginástica pesadas que essas estão mercê. Um fardo extremo e volumoso para se carregar.

E quando se vê esse excesso de leis, para isso, aquilo e mais alguma coisa, e que não são respeitadas por grande número de cidadãos, é para se ficar muito indignado, sim. As crianças, os jovens e até os adultos mais novos, não respeitam as pessoas idosas, de jeito nenhum. E isso já começa nos próprios lares de todos. Ou quase.

O costume da benção que os mais novos dirigiam aos pais, avós e mais velhos, era imperioso. Também não se discutia com um mais velho. Numa condução, por exemplo, uma crianças ou pessoa mais jovem, não sentava num banco para que um mais velho permanecesse de pé, nessa condução. Não era necessária nenhuma ação para cobrar tal procedimento a ninguém. Tudo se dava de modo comum. Também à mulher, isso era respeitado. Principalmente uma grávida.

Mas hoje, não. A coisa mais comum é observar-se um idoso e/ou uma grávida, permanecerem de pé numa condução pública e bancos destinados a eles estarem ocupados por quem não deve. E ai deles, na maioria das vezes, protestar com um desses. Vai se ver até em maus lençóis.

Isso é uma profunda deficiência dos pais, que não repassaram aos seus filhos, aquilo que receberam dos seus, bem como se omitem vergonhosamente das ações que devem tomar, no sentido de orientar seus filhos para aquilo que chamamos de atos de cidadania. Devem ou deveriam proceder o exemplo aos mesmos.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 03/10/2018
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