"SAUDADE": UM LIVRO DE MINHA INFÂNCIA
Segunda-feira, 1 de Outubro de 2018
Aprendi e me acostumei a ler desde cedo. Digamos que com seis ou sete anos de idade eu já era um aficionado pela leitura. Pegava carona nos livros e revistas de uma vizinha, que era a madrinha do meu irmão. Ela também gostava de ler. Desde gibis, fotonovelas e outros tipos de leituras. E assim enveredei por esse mesmo caminho.
Talvez seja por isso eu possuir a facilidade em escrever. E já muito tarde na vida iniciei esse processo, que se deu a partir da aquisição do meu primeiro computador em 2007. E olhem que eu já estava nos meus 55 anos de idade. Mas dizem que sempre é tempo de crescer. Neste caso, intelectualmente, digamos. E pretensões à parte, é claro.
Com tal aquisição, entrei para o mundo virtual através da internet. E descobri o Orkut, que naquela época era uma febre entre todos. E as comunidades se faziam presentes, onde qualquer um podia constituí-las e criá-las. E assim fiz eu, criei uma delas e iniciei o caminho da literatura diletante, como costumo dizer.
Não cheguei a ler tanto o quanto queria, bem como certas matérias. Mas do que li, consegui abrangência para lançar-me como um dos que gostam de contar histórias e outras coisas mais. Também criei alguns blogs. E neles é onde desenvolvo assertivas de todos os teores e coisa e tal.
Mas quando na infância, entre doze, treze ou quinze anos, li um livro, chamado "Saudade", cujo autor não lembro mais. E nunca mais o esqueci. Contava a história de um menino que morava fora da cidade e a partir de seus doze, treze ou quinze anos, também, foi morar no centro dela. Mesmo uma cidade pequena no interior de São Paulo, chamada Capão Bonito.
Também não recordo os nomes dos personagens. Deu-me um branco total nessa situação. Apesar de que já vão lá mais de cinquenta anos, não sendo possível lembrar minuciosamente dessa história. Até tentei uma busca via internet mas não logrei êxito em descobrir o livro e seu autor porque com esse nome existem muitos deles.
De certa forma o enredo do livro até lembrava um pouco da minha própria história. Sendo que no meu caso, deu-se o inverso na mudança de casa. Porque sai de um bairro próximo ao grande centro da minha cidade, indo morar num bairro distante dele, região bastante arborizada e com várzeas variadas. E me encontrei comigo, mesmo, nesta oportunidade.
E se tivesse descoberto essa minha verve literária mais cedo, não tenho nenhuma dúvida de que teria enveredado por ela com intuito profissional. Mas hoje, não tenho tal pretensão. Até tenho escrito bastante. Mas apenas para aliviar minhas tensões diárias e distrair-me mais um pouco. De resto, colocar para fora meus pensamentos, ideias que tais. E sinto que me faz um bem extraordinário.