A Política da Moral e dos Bons Costumes no Brasil
Existe no Brasil uma certa tendência a partidos políticos e movimentos sociais conservadores. Mas extensão de nossas terras, torna evidente a pluralidade de nosso povo. E neste país com mais de 200 milhões de habitantes, a tendência conservadora não é hegemônica e sofre críticas de vários segmentos da sociedade.
Estamos em ano eleitoral, além de um desgaste imenso que o país vem enfrentando com escândalos de corrupção, em praticamente todas as esferas de poder. A administração pública é o foco das conversas país a fora. Os brasileiros gritam em coro "chega de corrupção!"
Mas como tornar eficiente esse discurso no Brasil? Fundado sob a cobiça dos europeus, que por séculos instauraram por aqui uma série de instituições públicas [falidas], com o único objetivo de legalizar sua exploração mercantil? Digo isso porque, quando em 1888, nos tornamos independentes o único modelo institucional existente aqui era este: o modelo conivente de um estado subalterno aos interesses do mercado. Ingênuo quem pensa na corrupção de hoje como fruto de um único partido ou, um único presidente. Esta corrupção é sistêmica, estrutural, e depois de quatro séculos, ela tornou-se também cultural.
Os conservadores precisam entender que não podemos voltar atrás. Fala-se em valorizar as tradições, com ideias de moral e bons costumes da "Era Vitoriana". Não, compatriotas. O caminho não é este. Estamos no século 21, e o Brasil precisa avançar.