A Boca: Lugar-comum
Estouram uma boca. Nela, treze homens e vários lugares-comuns são revelados. Guiados pelo caguete, homens da suposta lei respiram o ar dos seus remédios, esquisofrênicos. Esquiam suas selvagerias no calar da noite, habitualmente naqueles sem vozes. Neles, podem ser lobos e heróis.
O primeiro do pelotão, normalmente o mais doidão, insano e guiado por sabe lá o que, inicialmente desafina no que ele mais gosta, a saber, ver no sangue do outro a tal felicidade cujo o seu contrário, sua infelicidade ele vai descontando nos invisíveis no que configura enfim, o hábito feliz do selvagem, no que ainda faz adeptos.
Quem diria que a selvageria do mundo podesse ser banida com as ideias seculares, - Não! Ela não pode, a não ser com uma vigilância dos hábitos que devem se assemelhar à todos os vivêntes, digo moradia, saúde, educação,..., pois, a diferença só gera diferença, e a diferença não tem outro lugar senão o conflito (- Eu tenho! x - Eu não tenho!). Regar hábitos dos privilégiados em contrapartida dos outros faz gerar a tal da revolta, que só não é maior pelo fato da guerra ser uma medida cujas as perdas não se pode medir.
Os outros da cena que propõem a verdade como suposta lei, vezes ou outra não podem impedir o cão, pelo risco de suas estrelas militares, já que, é o cão selvagem que do medo conduz privilégios que fazem outros latirem. E isso também pelo fato daqueles ferozes terem algo por trás deles, que é tão selvagem quanto qualquer homem, me refiro a "Ideia", que expansivamente conhece sem experiência e mata sem as mãos.
Da boca, o caguete dos treze certamente está fudido. Por outro lado, estes treze também não serão os mesmos. Já os cachorros selvagens da lei, - aqueles que forçaram o caguete à entregarem o bando -, guiados pela ideia já deturpada do seu amago violento, com o passar dos anos, são apenas meninos em serviço de um mamífero maior, ou mesmo, trata-se apenas do próprio Lugar-comum: Lei ou Ideia que por ser estática, raramente vê o movimento. Cada vez mais em si, se colocar ou viver o lugar do outro é papo que chamam muitos de superação, mesmo que para tal seja necessário não ver nem se colocar no lugar do outro.
Do lugar-comum constituído e limitado em si mesmo, muitos devagam com sua inteligência de grupo construída. No fim, passam pelos ciclos do conflito onde tentam fugir da harmonia que teima na súplica correcional de sua posição existencial no universo, assim como a ordem das estrelas, nos humanos é requerida certa ordem de sobrevivência.
Desse lugar que manda os cachorros achando que não sabe o que acontece: -Eu digo! Até com os astros devem prevalecer acordos para manter suas órbitas de energia em funcionamento. Desse modo, qual a dificuldade de sentarmos e aproveitar para entendermos o lugar do outro?