O DIA EM QUE NÃO MORRI -1

O dia em que não morri, foi quando avistei um tesouro, uma fonte inesgotável de amor dentro de mim. Pode nomear este amor como quiser...É um amor que me deu força, onde eu não tinha força. É uma mola que nos faz saltar para frente. É um escudo sobrenatural a todos os sentimentos negativos.

O dia em que não morri, foi quando eu não vi ninguém ao meu redor. Estar sozinha, não é nada de pior não...Sobrevivi. Afinal, a gente nasce sozinha, nua e querendo enxergar tudo a volta. Poderia me lamentar por não ter companhia, no dia frio de minha existência. Nada que eu levasse no bolso, não iria comigo, e não compraria um segundo a mais a minha existência. Nada, nada, em vestes angelicais, mudaria um segundo das células do meu corpo, impregnada pela solidão do momento. Só me restou as células da cabine mestra, o meu cérebro...As conexões elétricas só se manteriam ligadas, se meu pensamento fosse interligado ao Criador Divino, se a força que me trouxe a vida, desse mais algum crédito nesta mistura de fé e amor em vencer ao inimaginável.

O dia em que não morri, não estava escrito em meu script. Foi um marco em minha vida, onde os obstáculos seriam a cada tempo transpostos.

Obstáculos da rejeição, incompreensão, desconsideração, silêncio, omissão de ajuda, desamor, incredulidade, e tantos outros.

Eu venci a morte, como também, no primeiro segundo de minha vida. Fiquei a mercê de alguns fios, nos primeiros dias da minha vida...E naquele dia em que não morri, fiquei a depender do sobrenatural e do puro fluido da vida, a água. Simplesmente a água.

Não tive a escuta humana, compreensiva, da dor que o meu peito embalava...E além da dor, do cheiro da morte, fui ainda mais massacrada, desprezada, como um cão sedento e magro pelas chagas, chutado a própria sorte, esperando as migalhas da vida.

As migalhas da vida seriam um cafuné, um elogio, uma palavra de ânimo, um olhar sem intenção, um incentivo, e tantas outras coisas que a gente espera da vida... Migalhas que fizeram meu coração endurecer por um instante...Sim, não são assim, migalhas...Porque todos nós precisamos um pouco disso...Mas o alimento principal é o amor que você tem para sua vida.

O dia em que não morri, vou revelar agora então. Foi o dia em que o vento de um veneno mortal foi inalado acidentalmente por mim. E meu remédio não era mais ninguém que eu pensei que tanto precisava, mas a minha força interior. E simplesmente, a água, foi meu alimento purificador. Mas acima de tudo, o nosso Pai Celeste, o Criador, com sua infinita bondade, mostrou que Ele é o que nos sustenta de tudo, e nos livra de toda injustiça.

Passados praticamente dois anos...a cicatriz, o marco, perpetua até hoje, como lição de vida, jamais esquecida.

O dia em que não morri, porque eu queria viver e vencer!!

Gedeane Costa
Enviado por Gedeane Costa em 20/06/2018
Reeditado em 24/08/2020
Código do texto: T6369005
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