CONVENHAMOS!

Quando eu era menino, sentia muitas dores nas pernas, ao ponto de não conseguir caminhar. Meu pai, me levou para consultar um médico na cidade de Umuarama, cidade próxima da nossa pequena Xambrê, no interior do Estado, o diagnóstico médico foi de que eu sofria a "dor do crescimento", que o tratamento seria esperar, que não haviam remédios.

"Convenhamos", o vocativo, tão usado pelo presidente mais impopular da história do Brasil, tem, pelo menos, a serventia de nos conduzir a uma reflexão esperançosa do momento político, econômico e social que estamos vivendo.

Vivemos uma crise econômica sem precedentes, há muito já nos convencemos de que não se tratava só de uma "marolinha" como queria fazer crer outro presidente, - atualmente pré-canditado a comentarista esportivo e à Presidência da República, enquanto curte seu banho de sol na sede da Polícia Federal de Curitiba.

Mas, parece que a coletividade da nação, também já entendeu que não adianta tentar "esconder o sol com a peneira", ou, tal qual o avestruz afundarmos a cabeça na terra deixando o "derrière" exposto ao perigo.

Precisamos de uma reforma fiscal, nosso sistema tributário é antiquado, inoperante e induz à sonegação; precisamos de uma reforma previdenciária, o sistema atual fundamentado no princípio da solidariedade (uma geração sustenta a outra) já não se sustenta, precisamos paulatinamente migrar para um sistema de capitalização, mais individualizado e mais sustentável; precisamos de uma reforma política e econômica, com primado na eticidade e na moralidade.

As investigações da Lava-jato não quebraram o Brasil, uma nação não fenece pela transparência, mas o pulsar insistente da corrupção mina os sistemas como o cupim perfura e apodrece a madeira, ao final serão ruínas e pau podre, nada mais!

Entendo que o momento atual da nossa nação é como um remédio amargoso, acre e difícil de beber, mas que ao final, pode gerar a cura.

Não queremos o paternalismo militar, não queremos a corrupção fisiológica da era PT, não queremos a extrema direita, nem a esquerda radical, queremos crescer e encontrar a cura, seja com os golpes duros da vida, seja com os toques suaves da alma.

Convenhamos!

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 19/06/2018
Reeditado em 19/06/2018
Código do texto: T6368491
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