Manifesto Político: lugar-comum da justiça

O que é justiça? Os antigos já diziam, justiça é o favorecimento dos mais fortes. "Olho por olho, dente por dente". Por outro lado, parece que a juventude de modo geral tem sempre um sentimento que a justiça é neutra. Mas por que isso ocorre?

Esse manifesto começa no drama do lugar-comum da justiça, pretendendo-se neutra, garante privilégios pela comunhão dos interesses. Quem manda no Brasil não é só presidente, aliás, alguém conhece os salários do judiciário no país das bananas?

Por volta do séc. IV a.C, Sólon um poeta posto noutro momento como jurista, para assumir como mandatário das leis, primeiro solicitou uma fortaleza em torno de si. O custo moderno da ordem também não é muito diferente desse exemplo.

Entrementes, o problema não é só funcionamento do sistema, mas antes da palavra que usam supondo neutralidade, como um doce amargo para as camadas do povo, a justiça para os mais pobres sugere privilégios.

E além do mais, por que diabos estes juízes pensam que exercem neutralidade num juízo. Precisamos começar a repensar a estrutura de montagem do judiciário, sobretudo quando estas personalidades assumem cedo o ato de proferir juízo, diferente de muitos outros países e com devaneios tão descarados que chegam ao desatino do juízo neutro.

É para tanto que trago nesse manifesto político, à vista dos mais curiosos a decisão do lugar-comum da justiça , a ponto de ver implicada na capacidade de julgar o pathos e o ethos (as emoções, paixões e o hábito).

Desse conceito antigo que emerge aqui agora, estou a falar nas emoções e paixões que nos induzem no ato de proferir um juízo. É decisão de certo lugar comum das opiniões julgar de acordo com o que percebe no universo das suas inclinações. Dito isso, a pergunta que move esse manifesto dialoga esse instrumento de poder judiciário, como algo que alça voz como imposição de ordem. Será que o sangue do nosso povo está na conta daqueles que não tem a experiência (prática: vivência)?

Isto é, um juiz mesmo não vivendo a favela consegue julgar a favela? Dizem eles, é o justo. Dizem outros, é o injusto. Devemos confiar naqueles que não vivem o lado do povo em geral: a favela, a pobreza, a necessidade?

Dizem eles, são as leis universais. Dizem outros, são as leis da necessidade, da sobrevivência. O que é justiça então? E por que os juízes supõem neutralidade? Será por não saber que a neutralidade está condicionada ao lugar-comum da argumentação: Se pobres, lugar-comum do problema social. Se classe x, lugar-comum da classe x, e por ai vai, sobretudo percepções, inclinações, interesses.

É certo o judiciário Brasileiro ter vergonha atualmente, pois, nas circunstâncias em que a verdade opera nos interesses de certos poderes, palavras como justiça se deslocam em alta voltagem como uma carne na boca de uma fera. Se não percebem que são parte do lugar-comum dos prazeres, das emoções e dos acessos diferentes, são raças de selvagens cujos interesses asseguram ao seu clã.

Chega de enganação.

Um plebiscito para discutir as questões da sociedade não como uma democracia representativa de parlamentarismo, mas, com o povo, pois, é para isso que a internet nasceu.

Manifesto contra o judiciário. Estado moderno já! Chega de tanto sofrimento.

Pingado
Enviado por Pingado em 31/01/2018
Reeditado em 31/01/2018
Código do texto: T6240960
Classificação de conteúdo: seguro