Almoçar em meia hora?
ALMOÇAR EM MEIA HORA?
Miguel Carqueija
Dentre os desatinos do desgoverno Temer (uma de suas últimas façanhas é tentar nomear ministra do trabalho uma mulher condenada pela Justiça do Trabalho) está a nova legislação trabalhista e, dentro dela, a possibilidade (dependendo de acordo entre as partes, isto é, patrões e empregados) de que a hora de almoço seja reduzida para meia hora.
Eu nunca ouvi falar de uma hora de meia hora, mas vejamos as implicações dessa lambança. Primeiramente lembro que, a não ser que haja algum poder moderador (isto deveria ser com o Ministério do Trabalho, mas...) quem tem capacidade para barganhar nessas negociações é o empregador. Imaginemos uma empresa onde fique estabelecida essa hora de meia hora. O empregado terá de sair à rua (talvez descendo muitos andares de elevador, o que já representa uma perda de tempo), andar até a lanchonete, restaurante ou boteco, esperar ser servido, comer, pagar a conta... e retornar.
Sabem de uma coisa? Se isso realmente prosperar os funcionários vão mesmo é ficar sem almoço. Terão de levar sanduíche ou marmita. Mesmo que, por circunstâncias favoráveis (comida ao lado da firma, por exemplo) consigam almoçar em meia hora, não poderão descansar do almoço.
O número de gente que vai ter que trabalhar com fome não está no gibi. E isso vai dar panos para mangas, pois quem trabalha oito horas tem que ter direito a almoçar. E trabalhar com fome gera insatisfação, mal-estar, até úlceras. Além disso, não podendo sair para almoçar o trabalhador provavelmente terá que ficar trabalhando, dando meia hora de graça ao empregador. Soldado no quartel...
Duvidam? Já fizeram coisas muito piores nesse país, como a escravidão legalizada.
O próximo presidente, que espero seja de centro e conservador, terá muito trabalho para desfazer as lambanças do governo de esquerda liberal do Michel Temer.
Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2018.
ALMOÇAR EM MEIA HORA?
Miguel Carqueija
Dentre os desatinos do desgoverno Temer (uma de suas últimas façanhas é tentar nomear ministra do trabalho uma mulher condenada pela Justiça do Trabalho) está a nova legislação trabalhista e, dentro dela, a possibilidade (dependendo de acordo entre as partes, isto é, patrões e empregados) de que a hora de almoço seja reduzida para meia hora.
Eu nunca ouvi falar de uma hora de meia hora, mas vejamos as implicações dessa lambança. Primeiramente lembro que, a não ser que haja algum poder moderador (isto deveria ser com o Ministério do Trabalho, mas...) quem tem capacidade para barganhar nessas negociações é o empregador. Imaginemos uma empresa onde fique estabelecida essa hora de meia hora. O empregado terá de sair à rua (talvez descendo muitos andares de elevador, o que já representa uma perda de tempo), andar até a lanchonete, restaurante ou boteco, esperar ser servido, comer, pagar a conta... e retornar.
Sabem de uma coisa? Se isso realmente prosperar os funcionários vão mesmo é ficar sem almoço. Terão de levar sanduíche ou marmita. Mesmo que, por circunstâncias favoráveis (comida ao lado da firma, por exemplo) consigam almoçar em meia hora, não poderão descansar do almoço.
O número de gente que vai ter que trabalhar com fome não está no gibi. E isso vai dar panos para mangas, pois quem trabalha oito horas tem que ter direito a almoçar. E trabalhar com fome gera insatisfação, mal-estar, até úlceras. Além disso, não podendo sair para almoçar o trabalhador provavelmente terá que ficar trabalhando, dando meia hora de graça ao empregador. Soldado no quartel...
Duvidam? Já fizeram coisas muito piores nesse país, como a escravidão legalizada.
O próximo presidente, que espero seja de centro e conservador, terá muito trabalho para desfazer as lambanças do governo de esquerda liberal do Michel Temer.
Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2018.