O DRAMA DA DEMARCAÇÃO DE TERRAS EM GUAÍRA E O ETNONACIONALISMO
A demarcação de terras indígenas no Brasil segue uma cartilha que atende a interesses internacionais de formação de um poder global com eixo anglo-americano para submeter o mundo aos ditames de uma nova ordem mundial.
Nesse novo arranjo político se acomoda o conceito de etnonacionalismo, o qual ressalta a divisão de terras com estatutos de autonomia em vastos territórios às nações indígenas segundo as suas concepções etno-religiosas e redução da área de países tamanho "Golias", como Brasil, China, Índia e Rússia.
Deixam de referir, no entanto, porque conveniente, que os próprios indígenas são mestiços, com diferenças culturais, línguas, costumes e religiões diversas.
Nesse passo vemos absurdos cometidos contra a pátria brasileira com a demarcação de imensas regiões produtivas, como ocorreu com o caso emblemático dos índios avá-canoeiros de Goiás que, a partir da construção da usina hidrelétrica de Serra da Mesa, recebeu da Furnas Centrais Elétricas o valor de R$ 6,9 milhões de reais, como indenização pelo alagamento de 8% de suas terras. DETALHE: a comunidade é formada por apenas sete pessoas, que continuam vivendo em situação de pobreza e o dinheiro é administrado por sua tutora legal a FUNAI.
Portanto, o caso que mobilizou a população de Guaíra é apenas mais um capítulo triste dessa história, de um país que continua deitado eternamente em berço esplêndido; berço esse, um pouco menor a cada dia.