ERRO SEM SOLUÇÃO.

A saudade está tendo um tempero ardente, como uma ferida aberta que precisa urgente cicatrizar. Dias se passaram e continuam passando, e ainda não tenho notícias suas.

Como é agradável quando um casal se ama e estabelece uma cumplicidade entre os dois. Incrivelmente nem sempre é assim, muitos vivem um amor camuflado e sem brilho no palco da vida.

Entretanto, sei que quando fazemos escolhas tem sempre dois lados e juntamente com as suas companheiras consequências. As consequências são simples: causam mais dor ao coração e nos cegam perante os fatos. E, quando percebemos já é tarde, e acabamos descobrindo que cometemos um erro grave. Hoje, tenho consciência de que não criamos um relacionamento correto, penso que nunca deveria ter cometido à falha de omitir certos fatos. São destes erros que pude adquirir o grande aprendizado para a vida.

As mentiras criam desconfianças, e por isso, acredito ter cultivado a minha infelicidade. A minha tão sonhada felicidade talvez nunca venha existir com você, por causa destas atitudes passadas e, hoje, não consigo corrigir, ajustar o seu efeito negativo que ficou nas mentes alheias.

Existe uma resistência pela pessoa que amo, e concluindo, não encontro outra saída do que me afastar. Ah solidão! Este afastamento nunca foi desejado por mim, mas se faz necessário. Tenho noção suficiente que não vou esquecê-lo rapidamente, a falta dele vai ocasionar uma tristeza intensa. A inspiração dos meus escritos bloqueará, e assim, estarei me isolando de tudo.

O que fazer nesta hora de aflição e incerteza?

Em primeiro momento, enfrentar as nossas famílias se quisermos ficar juntos. Caso, isto não ocorra, não tem escolha, devemos terminar oficialmente. É uma hipótese que não anseio, e ambos criaram um grandioso sentimento um pelo outro para jogar tudo ao vento. Dependendo da direção do vento quem sabe possa nos ajudar, ou complicar de vez.

Prefiro o caminho certo, nada de enganos, de mentiras...

Apaixonadamente,

Graciele.

24.01.2007

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!