MANAUS

Manaus

Estivemos neste fim de outubro de 2017, na cidade ribeirinha dos afluentes Rios Negra e Solimões, cuja união transforma-se no vasto Rio Amazonas, nome que leva o estado desta Capital acima citado. Seus confrontantes são os países Colômbia, Peru e Venezuela. Países com imensos problemas de tráfico de armas e de drogas, somado a milícia insurgente da ordem democrática e confrontos sociais. Seus governos fracos e dominados são uma forte ameaça ao Brasil nesta zona fronteiriça.

Não é atoa que a cidade de Manaus abriga o maior contingente das Forças Armadas, Marinha, Exercito e Aeronáutica, que dão guarida à Segurança Nacional.

O Estado do Amazonas é o maior em área territorial do País, com 1.559.161,682 quilômetros quadrados, o equivalente ao território de cinco países, somados: França, Espanha, Suécia e Grécia. O Estado detém um dos mais baixos índices de densidade demográfica do país, com 2,23 habitantes por quilômetro quadrado, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população do Estado, de acordo com o Censo 2010, tem 3.483,985 habitantes, dos quais 2.755.490 vivem na área urbana e 728.495 na área rural. A capital Manaus, um dos 62 municípios do Amazonas, é cidade mais populosa da Região Norte, com 1.802.525 habitantes.

Amazonas como acima citado é na federação o maior estado em área territorial, com seus nove estados, porém desprovido de oceano, mas compensado com imensos rios que fazem às vezes do mar e satisfazem com suas praias com abundancia de areia, principalmente nas grandes estiagens quando aparecem extensas praias repletas de barcos pesqueiros e os de turismo alguns de turistas. Imagem, sobretudo em Manaus, mais precisamente em Ponta Negra, onde a bem pouco tempo a trás fora selva, mas hoje é o maior polo turístico e condomínio residencial de alta classe social.

Foi nesta área construído um grande complexo hoteleiro pela extintas e saudosa VARIG, em plena selva o Hotel Tropical de Manaus. Mas hoje a urbanidade tomou conta da floresta, deixando-a em precária situação de ocupação, faltando manutenção, deixando a desejar o mínimo de conforto e de saudosismo da época nababesca.

Pensar que já foi este estado o Império da Borracha, e pra satisfazer seus latifundiários foi construído o Teatro de Manaus com toda a sua riqueza e arte que abrigou grandes artistas mundialmente reconhecidos. Época em que o industrial do automobilismo Henri Ford resolveu construir uma cidade no seringal chamando-a de Ford landi, hoje em dia uma cidade abandonada, em que pese toda a sua infraestrutura montada e disponibilizada e que poderia abrigar inúmeras famílias, principalmente os emigrantes venezuelanos, pois estes invadiram a cidade de Manaus, nos semáforos, nas praias e nas praças publicas. Principalmente os índios que perderam suas terras com as novas demarcações.

A cidade de Manaus tem sua arquitetura conservada no seu status quo de então, porem sem manutenção, algumas construções em ruinas, quase todas com sua fachada em gradil, dando a impressão de um povo enjaulado em precavido, porém sem beleza. O transporte urbano da cidade é velho e mal conservado, inclusive nos pontos de parada deixa a desejar o seu estado de conservação.

O clima é equatorial úmido, com temperatura média de 26,7º. A umidade relativa do ar fica em torno de 70% e o Estado possui apenas duas estações bem definidas: chuvosa (inverno) e seca ou menos chuvosa (verão). Por isso o clima quente da cidade requer ar condicionado que só encontramos dentro dos estabelecimentos comerciais e nos taxis. Muitos ambulantes vendendo sucos de frutas e agua mineral sem credibilidade quanto a sua higiene, quer seja pela precária condição de venda ou pela origem do produto. Outros ambulantes vendendo remédios em envelopes sem condição de verificar a sua validade, pondo em duvida a sua procedência. Também encontramos os mascates de picolé de massa de cupuaçu, amendoim, banana, e outras frutas da região, ao preço de R$ 1,00 Real, em total falta de higiene e de fiscalização das autoridades governamentais. Um povo humilde de sandália de dedo percorrem as ruas no seu vai-e-vem do dia-a-dia.

Com estas impressões perdemos o prazer turístico pela cidade, quiçá por todo estado do Amazonas.

São Paulo, 24 de Outubro de 2017.

José Francisco Ferraz Luz

Jornalista

CRP/MTPS 84838/SP

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 26/10/2017
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T6153731
Classificação de conteúdo: seguro