Há algo de podre e não é no Reino da Dinamarca
HÁ ALGO DE PODRE E NÃO É NO REINO DA DINAMARCA
Miguel Carqueija
Neste perído (outubro de 2017) as nossas emissoras de tv católicas — Rede Vida, Canção Nova, TV Aparecida — deram bastante ênfase ao centenário das grandiosas aparições de Nossa Senhora em Fátima, e ao tricentenário da milagrosa descoberta da cabeça e do corpo da imagem de Nossa Senhora, a estatueta negra que ficou conhecida como Aparecida, pescada nas águas caudalosas do Rio Paraíba do Sul.
Multidões compareceram em Fátima, Portugal, e Aparecida, São Paulo; e mesmo a pequena cidade de Nossa Senhora Aparecida, no Sergipe, recebeu 100.000 romeiros. Não só as emissoras católicas, mas as profanas, noticiaram tais manifestações da Fé do povo.
Entretanto, a emissora que antigamente chamava-se TV Educativa, e por razões misteriosas teve o nome mudado para TV Brasil, aproveitou outubro para... lembrar, com uma programação de filmes, o centenário da revolução comunista, atéia e assassina da Rússia! O início da União Soviética, aquele império de totalitarismo e perseguição à fé religiosa e difusão de conflitos pelo mundo. Setenta anos de despotismo, de tirania.
Não sou tão radical que me oponha “a priori” à exibição de filmes soviétivos, um cinema que não existe mais porque a União Soviética acabou no final dos anos 80, os países coletados ficaram livres e a Rússia deixou de ser comunista. Esse cinema, porém, por força da situação então vigente é essencialmente ideológico. Reconheço que Eisenstein era um gênio, mas ele mesmo não teve liberdade de ação, o Estado censurava seus filmes embora fossem de propaganda do bolchevismo. “Outubro” foi refeito à revelia de Eisenstein, porque o mesmo não percebera que Troksty caíra em desgraça. Por conta disso, essa obra só foi lançada em 1928, quando deveria ter saído nos 10 anos da revolução.
O problema não é exibir fitas soviéticas, eu também assisto se tiver oportunidade, afora o conteúdo ideológico muitas são realmente de boa qualidade. A questão é outra: um ciclo, uma programação, para honrar o comunismo, uma revolução infame e genocida.
O PT foi alijado do poder em 2016, mas parece que ainda manda na TV Brasil, a emissora governamental.
Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2017.
HÁ ALGO DE PODRE E NÃO É NO REINO DA DINAMARCA
Miguel Carqueija
Neste perído (outubro de 2017) as nossas emissoras de tv católicas — Rede Vida, Canção Nova, TV Aparecida — deram bastante ênfase ao centenário das grandiosas aparições de Nossa Senhora em Fátima, e ao tricentenário da milagrosa descoberta da cabeça e do corpo da imagem de Nossa Senhora, a estatueta negra que ficou conhecida como Aparecida, pescada nas águas caudalosas do Rio Paraíba do Sul.
Multidões compareceram em Fátima, Portugal, e Aparecida, São Paulo; e mesmo a pequena cidade de Nossa Senhora Aparecida, no Sergipe, recebeu 100.000 romeiros. Não só as emissoras católicas, mas as profanas, noticiaram tais manifestações da Fé do povo.
Entretanto, a emissora que antigamente chamava-se TV Educativa, e por razões misteriosas teve o nome mudado para TV Brasil, aproveitou outubro para... lembrar, com uma programação de filmes, o centenário da revolução comunista, atéia e assassina da Rússia! O início da União Soviética, aquele império de totalitarismo e perseguição à fé religiosa e difusão de conflitos pelo mundo. Setenta anos de despotismo, de tirania.
Não sou tão radical que me oponha “a priori” à exibição de filmes soviétivos, um cinema que não existe mais porque a União Soviética acabou no final dos anos 80, os países coletados ficaram livres e a Rússia deixou de ser comunista. Esse cinema, porém, por força da situação então vigente é essencialmente ideológico. Reconheço que Eisenstein era um gênio, mas ele mesmo não teve liberdade de ação, o Estado censurava seus filmes embora fossem de propaganda do bolchevismo. “Outubro” foi refeito à revelia de Eisenstein, porque o mesmo não percebera que Troksty caíra em desgraça. Por conta disso, essa obra só foi lançada em 1928, quando deveria ter saído nos 10 anos da revolução.
O problema não é exibir fitas soviéticas, eu também assisto se tiver oportunidade, afora o conteúdo ideológico muitas são realmente de boa qualidade. A questão é outra: um ciclo, uma programação, para honrar o comunismo, uma revolução infame e genocida.
O PT foi alijado do poder em 2016, mas parece que ainda manda na TV Brasil, a emissora governamental.
Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2017.