É ASSIM QUE EU GOSTO: São 18 horas, AVE MARIA...
...A tarde se foi, hora de prosar com os amigos e vizinhos na frente da casa. Que saudades!
O mato está tomando conta de tudo. Nem tenho coragem de ir no fundo do quintal, é mato pra cobra nenhuma ficar sem armar o bote.
A horta? Dizem que as folhas de chá curam mesmo. Só a vovó admirava pela janela ouvindo o seu pequeno rádio de pilha, todos os dias e no mesmo horário.
Que época boa aquela, onde minha ferramenta de trabalho era a enxada e nossa liberdade era o costume de ficar com os amigos tomando aquela pinguinha com limão.
Como gostaria de abraçar cada um dos meus conterrâneos e pedir desculpa pelo longo tempo que estou ausente.
Muito longe, ainda vejo aquela fumacinha subindo no ar, deixando aquele cheirinho gostoso do esquecido churrasco queimando na brasa, ouvindo as canções choronas dos tocadores de violas até as altas horas da noite.
Pena que isto não seja mais que um sonho, e sim uma realidade vivida de quem não está presente para ficar ao ar livre debaixo de uma sombra e água fresca, longe de todos os problemas de quem vive nas grandes cidades.
Hoje o corpo está cansado. Passou da hora de dormir.
Um bom sono para vocês e tenham lindos sonhos.