BANDEIRA DO BRASIL E PAULISTA

Nossa bandeira nacional surgiu por ocasião da Independência do Brasil, nos idos de 1822 com o grito do Ipiranga pelo Imperador D. Pedro I.

A bandeira do Brasil Imperial possui formato retangular. Com fundo verde, havia no centro um losango amarelo-ouro. No centro do losango ficava o brasão nacional (imperial). Este brasão consistia num escudo verde, tendo ao centro a esfera armilar e a Cruz da Ordem de Cristo (em vermelho).

Assim era o Pavilhão da Monarquia elaborado pelo desenhista, pintor e professor francês Jean-Baptiste Debret que durou todo o período imperial. Cor verde simbolizava a Casa de Bragança, dinastia a qual fazia parte D. Pedro I.

O Amarelo – A explicação mais aceita é a de que esteja vinculado às cores da Casa de Hamburgo (a Imperatriz Dona Leopoldina era, originalmente, Habsburgo).

O Brasão do Império (ao centro da bandeira)

Ramo de café e tabaco: representava os dois principais produtos agrícolas do Brasil Imperial.

Coroa: símbolo do regime monárquico.

Cruz da Ordem de Cristo: valorização do cristianismo no Brasil e da religião católica como oficial.

Em 1888, o Ir. Júlio Ribeiro da Loja América 189, Republicano como tantos outros criou a Bandeira Republicana da Província de São Paulo, com a seguinte representação: o Mapa do Brasil representa o País é do povo e não o clã de uma dinastia dos Orleans de Bragança; deixava de ser uma monárquica para ser uma coisa pública, isto é, um res-publica, que a todos pertencia, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, como indicavam as quatro estrelas enquadradas no mapa como guia pela do Cruzeiro do Sul; a cor vermelha, preta e branca, dizem respeito às três raças dominantes da época; foi hasteada no palácio do governo de São Paulo em 15 de novembro de 1889, sendo utilizada nos primeiros dias do novo regime; em 19 de novembro de 1889, através do decreto nº 4 do Governo Provisório, o Brasil adota oficialmente uma nova bandeira, mas de autoria de Raimundo Teixeira Mendes.

Por isso, a bandeira paulista ficou hasteada no dia 15 de Novembro de 1889 no Palácio da Província de São Paulo até o dia 19 de Novembro, quando foi oficializada a Bandeira do Brasil e daí comemorado esta data como Dia da Bandeira e proibida a sua exibição doravante em face da Oficialização da nova Bandeira do Brasil. Esta conservava as cores do Império, mas substituída a coroa e os ramos de café e tabaco, por uma abóboda celeste da noite do 15 de Novembro de 1889, cujas estrelas representavam os 19 Estados Unidos do Brasil. São elas Pará, Espirito Santo, Maranhão, Rio de Janeiro, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Paraíba, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Alagoas, Goiás, Sergipe Cisplatina e Bahia. A Área Branca em sentido oblíquo e descendente da esquerda para a direita com a legenda – “ORDEM E PROGRESSO”

A com o advento da nova bandeira, aquela que fora criada por Júlio Ribeiro Bandeira, passou então ha ser a Bandeira Paulista, mas que não podia ser exibida, porque fazia confusão com a Bandeira Republicana Oficial, continuando adormecida no baú da história, até ser resgatada por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, com uma nova interpretação que dizia: a cor vermelha diz respeito ao sangue derramado em prol do Brasil, por ocasião do martírio dos heróis que tombaram no dia 23 de Maio de 1932, na Praça da República, foram eles: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo e mais os soldados desconhecido que foram ao fronte de 9 de Julho a 2 de Outubro de 1932. O preto diz respeito ao luto por aqueles que tombaram nas trincheiras e nos campos de confronto. O Branco representa a tão almejada Paz entre os irmãos que lutavam num fratricídio brasileiro. O dourado das estrelas diz respeito à campanha “de ouro para o bem de São Paulo”, que fizeram o lastro da nossa moeda paulista e recursos para compra de armamento e munição, fabrico de material bélico, confecção de fardamento e etc. Por fim São Paulo lutou sozinho em face da desistência dos aliados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, dando ao que falar Getúlio Vargas ao dizer que São Paulo lutava por separatismo, cuja calunia podia-se desmentir com o Mapa do Brasil estampado em nossa Bandeira, diga-se de passagem, único Estado que traz o Brasil em seu Estandarte.

São Paulo, 2 de Outubro de 2017.

José Francisco Ferraz Luz

API n.º 5604