Expressão Irracional

Vivemos em uma sociedade onde existem divergências de opiniões e isso é completamente normal nos dias atuais. A liberdade de expressão é um direito humano e consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”. É um direito de qualquer indivíduo se expressar sem receber qualquer tipo de retaliação por isso.

Entretanto, com o avanço das tecnologias e meios de comunicação que aceleraram a troca de informações houve um compartilhamento instantâneo pelo mundo todo de crenças e ideias que compactuavam entre si em diferentes cantos do globo. Certamente a globalização trouxe consigo uma forte democratização de conhecimentos e, por consequência, nasceram as ideologias.

Ideologia, que vem do grego antigo “IDEA” e significa “aparência” ou “protótipo ideal”, e “LOGOS”, que significa “estudo”, traz consigo uma crença de ser um instrumento de dominação que age por meio do convencimento, mostrando aquilo que pode ou deveria ser o “ideal” para determinado grupo social através de suas opiniões muito bem fundamentadas e cheias de convicção.

O problema aparece quando tais ideologias se unem ao tal fanatismo, que não é nada mais nada menos que uma persistência irracional e excessiva relacionado a algum tema. Surge o conhecido por todos nós, FANATISMO IDEOLÓGICO.

Vemos todos os dias exemplos de “fanáticos ideológicos” em diferentes esferas da sociedade. Seja no campo político ou religioso, ou daqueles que descreem de tudo que enxergam e ainda ultrajam outrem por acreditarem naquilo que desacreditam.

Vejamos que o fanático tem fissura pelo que pensa, tem intolerância (razoável ou elevado) com opiniões contrárias e ama sua causa. O fanatismo acaba, por vezes, se tornando um vexame causado pela falta de ponderamento, respeito e conhecimento, resultando numa forma de ignorância.

Deve-se diferir o fanatismo de convicção. O convicto, embora tenha certeza daquilo que defende, é capaz de medir as consequências de seus atos para não prejudicar terceiros ou a sí próprio. Ele adquire conhecimento, coisa que o fanático dificilmente consegue. Este [fanático] apenas ignora os fatos (ou ausência deles) e opiniões para defender sua convicção.

Deve-se compreender, definitivamente, que se dedicar a algo ou optar por uma doutrina não significa fanatismo pois não vem acompanhado de intolerância e até mesmo, o fanatismo ideológico.

Concluimos, portanto, que o fanatismo é uma forma de expressão com pouca racionalidade no qual diversos indivíduos, entre eles jovens e adultos, escolhem para sí ou acabam induzidos a isso. Estes, intencionalmente ou não, julgam de maneira errônea e condenam a opinião alheia sem antes compreender e se permitir conhecer os fatos envolvidos.

Alexandre Machado Ribeiro
Enviado por Alexandre Machado Ribeiro em 10/09/2017
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