O Iluminismo

O Iluminismo foi um movimento intelectual, social e filosófico que surgiu na Europa – mais precisamente na Inglaterra, durante o século XVII. Atingiu sua maturidade e maior expressão na França, no século XVIII.

As ideias defendidas pelos pensadores iluministas espalharam-se para outros pontos, inspirando mudanças em várias sociedades – tanto na Europa, como na América. Pois, os ideais iluministas pregavam a liberdade econômica, política e social; sendo uma de suas principais características a crítica social. Confiavam no uso da Razão (luz) como instrumento que promovera a crítica às ideias dominantes que envolviam tanto as sociedades humanas como a natureza.

Os iluministas contestavam o Antigo Regime – criticando o absolutismo monárquico, agradando às aspirações burguesas. Libertar o ser humano de certas "algemas" que o prendiam consistia em livrá-los do tradicionalismo religioso da Idade Média, de superstições das igrejas; e em extinguir os privilégios de nascimento. "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" era o lema e o que buscavam. Novas alternativas políticas, econômicas e sociais para os trabalhadores; igualdade jurídica entre as pessoas; tolerância religiosa; liberdade de expressão; educação do povo; etc eram algumas das bases defendidas pelos pensadores e usadas na elaboração de teorias – com o intuito de edificar uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna e para a felicidade do ser humano (assegurando uma vida melhor para as pessoas).

O Iluminismo contribuiu para a eclosão da Revolução Francesa de 1789. Na França, a partir da metade do século XVIII, contradições características do Antigo Regime aumentaram – privilégios do clero e da nobreza; reação da aristocracia; permanência de relações sociais feudais contra as forças capitalistas emergentes. No reformismo político, os Déspotas Esclarecidos e os grupos dominantes queriam que as revoluções e ideias do Iluminismo fossem evitadas a qualquer custo.

O movimento iluminista acreditava no progresso do homem para sair das "trevas" – na qual estiveram sujeitos – e chegar à "luz" – acendendo o modo de pensar, a Razão. Rousseau defendia a ideia de soberania popular; Montesquieu, a partição em três poderes: executivo, legislativo e judiciário.

O Iluminismo foi a expressão mais concreta do Racionalismo – a busca de uma nova concepção de mundo, com o pensamento lógico; levando a um enorme desenvolvimento das ciências. Verificou-se um desprezo pelo passado, uma rejeição às antigas crenças e tradições. Devido ao seu grande desenvolvimento, o século XVIII ficou conhecido como "Século das Luzes" –com o encadeamento do conhecimento em diversas áreas (ciências, artes, política, religião, etc) e várias inovações para o mundo: leis da física e da química (Newton); êxito na música, ópera, orquestra (Mozart); enciclopédia (conjunto de informações); dentre muitas outras. Para os iluministas, existia um Deus muito diferente do apresentado pela Igreja Católica – Deus seria o construtor das engrenagens universais, a expressão máxima da Razão, que criara tudo de forma harmoniosa: os seres humanos dotados de racionalidade, de liberdade de pensamento; por isso, deveriam ser respeitados.

Portanto, no "Século das Luzes", a Idade Média foi criticada – tanto o Antigo Regime quanto as suas instituições (a sociedade estamental) e a Igreja. A Idade Média era vista como "Idade das Trevas" e, por isso, nesse sentido, no século XVIII, propagaram "luz" em busca de salvar os que estavam imersos na "escuridão". Assim, foram evidenciados aumentos visíveis no conhecimento e na técnica, no bem estar e na civilização. Com justiça, as ideias avançavam.

Antonio Carlos Valentini
Enviado por Antonio Carlos Valentini em 14/07/2017
Reeditado em 14/07/2017
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