# Kalúnia 210 # A Globo e Temer

Um jornal de boatos co0nfirmados

Fosse na época de Roberto Marinho seria identificado de imediato mais um poderoso inimigo do ainda presidente Temer. A Globo, porém, é atualmente um ciclope de três cabeças : os filhos-herdeiros do império que pensam diferente.

Ninguém nega o poderio e influência social e política da tv. Basta ver que a divulgação de uma coluna política de Lauro Jardim, do jornal do grupo, viralizou o novo watergate verde-amarelo; para semanas depois, a revista "Época", também do grupo, publicar entrevista exclusiva do empresário Joesley Batista confirmando tudo o que se ouviu e deduziu da conversa noturna dele com o presidente na garagem do Palácio do Jaburú.

A Globo escolheu Joesley ou Joesley escolheu a Globo, como fez antes com Tony Ramos e Fátima Bernardes para garotos propaganda da Friboi, Seara; e da Vigor; os três do grupo J&F ?

O certo é que a Globo e Joesley querem agora a queda de Temer. Apenas a tv ainda não se manifestou, explicitamente como o jornal, por ser uma concessão pública pendurada em propaganda do governo.

Por que a Globo não quer mais Temer ? Primeiro porque com ele as reformas de corte de aposentadorias e direitos trabalhistas talvez não passem; segundo porque Joesley, um dos seus maiores patrocinadores atuais, declarou à "Época" que o presidente estava levando a empresa à falência, com seus achaques e exigências sem fim de dinheiro; terceito porque a J&F entrou na mira da Justiça depois das empreiteiras.

Na longa entrevista à "Época" o empresário fuzilou:

"-- Conheci Temer em 2010, e esse negócio de dinheiro de campanha aconteceu logo no iniciozinho. O Temer não tem muita cerimônia para tratar desse assunto. Não é um cara muito cerimonioso com dinheiro."

Época - Ele sempre pediu sem algo em troca ?

Joseley - Sempre esteve ligado a alguma coisa ou a algum favor. Raras vezes não. Uma delas foi quando pediu os R$ 300 mil para fazer campanha na internet antes do impeachment (da ex-presidente Dilma), Temer pediu um dinheiro para se manter . Também pediu para um tal de Milton Ortolan, que está lá na nossa colaboração (delação ao Ministério Público - MP). Um sujeito que é ligado a ele. Pediu para nós fazermos um mensalinho. Fizemos. Ele volta e meia me fazia pedidos assim. Uma vez ele me chamou para apresentar o Yunes (advogado de São Paulo). Disse queo Yunes era amigo dele e para ver se dava para ajudar o Yunes." (...) "a gente (a J&F) percebia que tinha algo muito estranho, chegando à exaustão, não tinha mais limite na hora de falar de dinheiro: caixa um; caixa dois, caixa de tudo que era jeito."

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Enviado por Saskia Bitencourt em 27/06/2017
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