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- Um jornal de boatos confirmados:

Congresso aprova crime ecológico

O Congresso Nacional não está parado. No bojo dos estupros da previdência e do trabalho, Câmara Federal e Senado aprovaram, neste final de maio, as Medidas Provisórias 756 e 758, vindas da Presidência da República, liberando o desmatamento e destruição em seis parques e reservas florestais do país; sendo que em todo Parque Estadual Serra Ricardo Franco, do Estado do Mato Grosso do Sul, onde o ministro-chefe da Casa Civil – Eliseu Padilha – tem uma fazenda já multada por desmate ilegal pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – Ibama.

As Medidas Provisórias atingem também mais da metade (57%) a Floresta Nacional de Jamaxim, Estado do Pará; e o Parque Nacional de São Joaquim – Santa Catarina. Além de liberarem o reconhecimento de invasões de até 2,5 mil hectares de reservas florestais em todo o país.

Trata-se de mais uma caracterização de que : “A sociedade se tornou prisioneira de um sistema corrupto”, como escreveu o procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato – Detan Dallagnol (“As ilusões da corrupção”, Folha de São Paulo – 4 de junho último). No mesmo artigo, Dallagnol assinalou: “aqueles que deveriam representar a população se ocupam em agradar as grandes empresas em troca de leis, subsídios e contratos públicos.”

As Medidas Provisórias são de autoria (pasmem!) do Ministério do Meio Ambiente (existe!), cujo titular é José Sarney Filho. Pelo menos, o procurador da República – Leandro Mitidieri, já declarou que entrará com ação direta de inconstitucionalidade contra as leis aprovadas pelo Congresso.

Além deste crime já perpetrado, uma vez que legaliza desmatamentos já ocorridos e em processo – parlamentares como o deputado-federal Toninho Perinheiro, do Partido Progressista de Minas Gerais; e Nilson Leitão, do Partido Social Democrático do Mato Grosso, defendem outras leis extinguindo unidades de conservação e reservas indígenas.

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