DESAFIOS E IMPACTOS DAS CONDIÇÕES DE SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL
Faz-se imprescindível analisar os desafios e as implicações das condições precárias de saneamento básico no Brasil, visto que tal calamitosa situação traz prejuízos não somente ao ambiente, mas também à expansão socioeconômica, gerando, assim, o desafio de conciliar o saneamento básico com o bem-estar e desenvolvimento social.
As condições de saneamento básico no país mostram-se em situações drásticas quando é percebido que, na região Nordeste, por exemplo, pelo fator natural de haver pouca chuva, há um investimento mínimo na construção de bueiros e locais para que a água escorra nos dias chuvosos, o que é oriundo de extremo desinteresse governamental, levando à uma desordem social, que, nesse exemplo, é vista nos primeiros meses no ano, onde, nos dias de chuva, há ruas enterditadas e avenidas alagadas dificultando a locomoção (mesmo que sem o uso de transportes) e atrasando os cidadãos, tendo assim, o dia comprometido em razão de um descaso das autoridades que deveria inexistir.
É inegável que não somente nos centros urbanos - nem tampouco exclusivamente na região Nordeste do país, a negligência dos dirigentes nas questões de higienização é evidente. As áreas rurais, que necessitam em demasia de condições básicas favoráveis de saneamento - visto que não somente para uso pessoal como também para a labuta diária faz-se necessário possuir água limpa, são, segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), as mais carentes de infraestrutura de saneamento. Tal defasagem interfere diretamente na saúde de tais populações - já que parte dos indivíduos captam água de poços não protegidos ou em fontes insalubres, além de acometer o desenvolvimento econômico do país, já que uma menor participação das comunidades rurais na PEA é uma consequência das condições de saúde (em virtude de uma captação hídrica incerta) precárias.
Portanto, é visível que o desafio de harmonizar o saneamento com o bem-estar e desenvolvimento social deve ser efetivado. Para tal objetivo, o governo federal deve ter parte nesse processo mediante a organização de finanças e a priorização das situações precárias de saneamento em que as cidades encontram-se, percebendo que ter situações benignas de saneamento básico contribuem para um desenvolvimento socioeconômico eficaz. Além disso, é necessário o apoio das ONGs (organizações não governamentais), que devem auxiliar mediante oficinas e trabalhos que visem a conscientização da sociedade quanto ao seu papel de ser cuidadosa no apanhamento de água.