Meu corpo, Meu orgulho.
Muitas vezes ao olhar-me no espelho desprezei-me, ao ver uma face marcada por espinhas, por pequenas linhas de expressão que estão surgindo, por cicatrizes as quais não me recordo o motivo, ao observar uma derme com estrias e celulites. Talvez este fosse o motivo de nunca ter ouvido um elogio com relação a aparência.
Mas este não era o real motivo por nunca ter ouvido um elogio, a real razão era a não aceitação de mim mesma. Como queria ter os dentes alvos, ser alta, magra, com as iris azuis ou cor das folhas do outono, ter o cabelo liso, ter roupas ou calçados caros e de marca, e de quebra um namorado lindo.
No entanto, de que adiantaria ter tudo isso e continuar infeliz? Então percebeu que já havia desperdiçado tempo o bastante de sua curta vida, foi aí que descobriu o amor próprio. Decidiu jogar tudo pro ar , e se aceitar como é.
Uma mulher cheia de qualificações, criativa, linda por dentro e por fora (a partir daquele instante). Hoje aquela mulher que se maltratava, se ama em todos ângulos; curti seu cabelo bagunçado, sua unha por fazer, suas celulites, suas marcas. Marcas estas que um dia á fizeram chorar, mas que hoje são registros de uma mulher forte, de bem com a vida e seu corpo, mulher que agora recebi incansáveis elogios pela sua auto- aceitação.