VAMOS SER MAIS AMIGOS?

Infelizmente muitas situações reais têm me levado a ver a vida muito mais palpável, do que há algum tempo. Vejo as pessoas cada vez mais distantes umas das outras e se nenhuma delas cultivar aquela amizade ela se acaba.

Vejo as pessoas sendo amigas, somente quando vêem o outro, a quem chamam de amigo, isto vulgarizou a amizade. E muitas vezes durante o ano, ou durante muitos anos estes amigos se afastam silenciosamente sem nada dizer. Aí eu pergunto: o que eu faço se precisar dele(a)? É... porque nós frequentemente precisamos dos amigos... Para rir, para chorar, para falar, para escutar ou até mesmo para olhar... Aí bate uma tristeza doída, daquelas que parece que alguém morreu. E eu descubro que não sou mais criança... e, também, descubro que morreram alguns amigos.

Onde eu estava quando eles estavam morrendo? Por que eu não soube que eles estavam precisando de mim? Será que também vai acontecer isto comigo e ninguém estará por perto para me estender a mão? Então eu vejo que a solidão está muito próxima. Ela mora dentro de nós. E, nós vamos nos perdendo quando pensávamos que estávamos nos encontrando. E eu, também, percebo que estou muito mais próximo de deixar este mundo, do que ontem.

Para onde foram meus AMIGOS? Parece que todo mundo está muito ocupado para perder tempo com o outro...

Todos estão muito preocupados em TER... Não sei o quê mas todos correm feito formigas irracionais e autômatas para construir um formigueiro que uma leve chuva tudo destrói...

Para onde foi a solidariedade? Para onde foi o bate-papo saudável? Para onde foi a conversa no almoço ou no jantar na mesa da cozinha ou em volta do fogão, onde sempre havia café quentinho? Onde estão os filhos que não querem mais nos ouvir? Parece que velhice e sabedoria para eles são coisas que envergonham, coisas caretas demais...

Será que se mudaram para os templos do prazer, dos vícios e da degradação, para as noitadas regadas a álcool e outros prazeres mais?

Será que ainda teremos tempo para plantar um pouco mais de compreensão, amor, atenção, carinho, e sentimentos simples fora de "safra". Será que ainda teremos tempo para plantar alguma coisa nos corações dos jovens, e daqueles nem tão jovens, que para se adaptar entraram na mesma onda... É muito triste... Mas eu não consigo curtir este mesmo barato!!!

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 04/08/2007
Reeditado em 11/09/2007
Código do texto: T592199
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.