PARIS
PARIS
Conheci-te quando eu ainda criança, através da música La Vie em Rose e dos seus carros que circulavam aqui em São Paulo, fabricados pela Citroën, Renault e pela Peugeot.
Nos meus tempos de Ginásio estudei Frances, apenas o suficiente para “passar” de ano, o que nunca aconteceu pelas eternas reprovações até a desistência.
Foi estudando que soube da sua epopeia, por ocasião da tomada da Bastilha, através da Revolução Francesa, abatendo os poderosos e ascendendo os humildes.
Foram longos anos de estudos, até a Faculdade, ligados ao seu torrão, ora pela arte, ora pelo ofício.
Quando me casei com uma filha da família parisiense, aprendi seus hábitos e gastronomia, educando meus ouvidos ao som do linguajar francês.
Mas foi somente através do turismo que pude conhecer-te, através dos museus e das diversas Faculdades da Sorbonne, dos mêtros, dos parques, das vias públicas, praças, monumentos, galerias e das dezenas de templos religiosos das mais variadas crenças! Mas de todos eles, o mais discreto e cativante de todos foram os das Lojas Maçônicas pregando os ideais da sua Revolução, pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Quanto me comove ouvir a Marselhesa, no seu 14 de Julho! Viva La France, pela Legião Francesa.
Seu hino traz a lembrança não de Marselha, pois seu compositor Claude Joseph Rouget de Lisle, cidadão de Estrasburgo, mas ficou conhecida na Revolução Francesa pelo Exercito de Marselha, dai o seu nome Marselhesa.
Para quem não sabe o seu significado, em face de sua língua francesa, reproduzo uma tradução para o português para nossa compressão.
Seu cartão Postal, a Torre Eiffel, que tivemos o prazer de conhece-la e festejarmos nossos 40 anos de casados, num jantar, do seu charmoso restaurante, com vista panorâmica para o canal do Sena. Também traz a lembrança do nosso brasileiro Santo Dumont, conhecido mundialmente como o Pai da Aviação, quando sobrevoou o entorno de Eiffel com seu 14Bis, marcando o start da aeronáutica.
Conhecida como cidade Luz, por causa dos grandes pensadores do Iluminismo, tais como Voltaire, Diderot, Rousseau, Smith e Locke.
Sua bandeira pelas cores azul, branco e vermelho, expostas em faixas verticais, da esquerda para a direita, demonstram o branco da realeza, azul e vermelho cores da revolução, juntas pela união do povo e a monarquia.
Graças à invasão de Napoleão a Portugal, a Coroa portuguesa vem ao Brasil aqui instalar sua Capital e seu governo, deixando sua estirpe para nacionalizar nosso País, aprendendo a lição francesa dar seu Grito de Independência no dia 7 de Setembro de 1822, vindo a proclamar sua Republica em 15 de Novembro de 1889.
José Francisco Ferraz Luz
MARSELHESA
Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
Contra nós, da tirania
O estandarte ensanguentado se ergueu.
O estandarte ensanguentado se ergueu.
Ouvis nos campos
Rugirem esses ferozes soldados?
Vêm eles até aos nossos braços
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!
Que um sangue impuro
Ague o nosso arado
O que quer essa horda de escravos
de traidores, de reis conjurados?
Para quem (são) esses ignóbeis entraves
Esses grilhões há muito tempo preparados?
Esses grilhões há muito tempo preparados?
Franceses! A vós, ah! que ultraje!
Que comoção deve suscitar!
É a nós que consideram
retornar à antiga escravidão!
O quê! Tais multidões estrangeiras
Fariam a lei em nossos lares!
O quê! Essas falanges mercenárias
Arrasariam os nossos nobres guerreiros
Arrasariam os nossos nobres guerreiros
Grande Deus! Por mãos acorrentadas
Nossas frontes sob o jugo se curvariam
E déspotas vis tornar-se-iam
Os mestres dos nossos destinos!
Tremei, tiranos! e vós pérfidos,
O opróbrio de todos os partidos,
Tremei! vossos projetos parricidas
Vão enfim receber seu preço!
Vão enfim receber seu preço!
Somos todos soldados para vos combater.
Se tombam os nossos jovens heróis
A terra de novo os produz
Contra vós, todos prontos a vos vencer!
Franceses, guerreiros magnânimos,
Levai ou retende os vossos tiros!
Poupai essas tristes vítimas
A contragosto armando-se contra nós.
A contragosto armando-se contra nós.
Mas esses déspotas sanguinários
Mas os cúmplices de Bouillé,
Todos os tigres que, sem piedade,
Rasgam o seio de suas mães!
Amor Sagrado pela Pátria
Conduz, sustém-nos os braços vingativos.
Liberdade, liberdade querida,
Combate com os teus defensores!
Combate com os teus defensores!
Sob as nossas bandeiras, que a vitória
Chegue logo às tuas vozes viris!
Que teus inimigos agonizantes
Vejam teu triunfo, e nós a nossa glória.
(Verso das crianças)
Entraremos na carreira (militar),
Quando nossos anciãos não mais lá estiverem.
Lá encontraremos suas cinzas
E o resquício das suas virtudes
E o resquício das suas virtudes
Bem menos desejosos de lhes sobreviver
Que de partilhar seus caixões,
Teremos o sublime orgulho
De os vingar ou de os seguir.
Às armas, cidadãos,
Formai vossos batalhões,
Marchemos, marchemos!
Que um sangue impuro
Ague o nosso arado!