É fácil caluniar a Igreja Católica
É FÁCIL CALUNIAR A IGREJA CATÓLICA
Miguel Carqueija
Anos atrás circulou pela mídia uma critica ao Papa Bento XVI que, num de seus pronunciamentos, teria chamado a segunda união (isto é, separação de uma família e estabelecimento de outra, por um dos conjugues, ou pelos dois) de uma “praga” na sociedade. Então espalharam críticas no Brasil, contra o papa, pois o termo foi considerado ofensivo.
O Padre Marciano, aqui no Rio de Janeiro, numa homilia esclareceu o assunto. Bento XVI falou em italiano e utilizou o termo “piaga” que se traduz por “ferida” ou coisa que o valha. Aliás, em italiano “praga” é “peste”, mesmo.
Como podem ver, Bento XVI não disse nada que pudesse ofender a quem quer que seja. Não julgou, não condenou, não insultou ninguém; só disse o que todo mundo sabe ou pode facilmente constatar. Ou por outra: quando um casal se separa, de uma união estável onde inclusive existem filhos, se o homem vai para um lado e a mulher para outro, e as crianças têm que ficar com alguém, e surgem novas uniões, convenhamos que isso não se faz sem trauma, sem dor, saudade, sofrimento. Nos assuntos de família cada caso é um caso. Alguém pode exclamar: “Mas há casos em que a separação é necessária!” Ora, isso não está em questão. Mesmo coisas necessárias podem acarretar sofrimento. Quando há crianças isso é mais visível. Vão elas ficar afastadas do pai, ou da mãe, a quem agora só verão raramente, e vão conviver com alguém que ficará no lugar do pai ou da mãe... e nem sempre se darão bem.
Independente do que possa ocorrer em tais casos, desfazer um casal casado e formar outro não se fará sem algum tipo de dor moral. Seria impossível, não acham? Pois quando a mulher e o homem se unem pelos laços do matrimônio, o ideal é que esses laços só se desfaçam pela morte. Nem sempre é possível viver a situação ideal, mas de qualquer forma haverá sentir, haverá dor.
Por aí se vê que em nada errou o Papa Bento XVI ao se referir à ferida. A propósito, os papas – ainda mais um homem tão nobre, tão erudito e civilizado como Bento XVI – não usam certas expressões. Seria inusitado, da parte de um pontífice, chamar alguma coisa de praga.
Eu fico imaginando: será que a mídia brasileira não tem condição de traduzir corretamente o italiano? Esse é um pequeno exemplo, entre milhões, de como é deveras fácil difamar a Igreja Católica, fenômeno que vem ocorrendo há dois mil anos. Como se vê, basta às vezes um simples (quiçá deliberado) erro de tradução.
Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2017.
É FÁCIL CALUNIAR A IGREJA CATÓLICA
Miguel Carqueija
Anos atrás circulou pela mídia uma critica ao Papa Bento XVI que, num de seus pronunciamentos, teria chamado a segunda união (isto é, separação de uma família e estabelecimento de outra, por um dos conjugues, ou pelos dois) de uma “praga” na sociedade. Então espalharam críticas no Brasil, contra o papa, pois o termo foi considerado ofensivo.
O Padre Marciano, aqui no Rio de Janeiro, numa homilia esclareceu o assunto. Bento XVI falou em italiano e utilizou o termo “piaga” que se traduz por “ferida” ou coisa que o valha. Aliás, em italiano “praga” é “peste”, mesmo.
Como podem ver, Bento XVI não disse nada que pudesse ofender a quem quer que seja. Não julgou, não condenou, não insultou ninguém; só disse o que todo mundo sabe ou pode facilmente constatar. Ou por outra: quando um casal se separa, de uma união estável onde inclusive existem filhos, se o homem vai para um lado e a mulher para outro, e as crianças têm que ficar com alguém, e surgem novas uniões, convenhamos que isso não se faz sem trauma, sem dor, saudade, sofrimento. Nos assuntos de família cada caso é um caso. Alguém pode exclamar: “Mas há casos em que a separação é necessária!” Ora, isso não está em questão. Mesmo coisas necessárias podem acarretar sofrimento. Quando há crianças isso é mais visível. Vão elas ficar afastadas do pai, ou da mãe, a quem agora só verão raramente, e vão conviver com alguém que ficará no lugar do pai ou da mãe... e nem sempre se darão bem.
Independente do que possa ocorrer em tais casos, desfazer um casal casado e formar outro não se fará sem algum tipo de dor moral. Seria impossível, não acham? Pois quando a mulher e o homem se unem pelos laços do matrimônio, o ideal é que esses laços só se desfaçam pela morte. Nem sempre é possível viver a situação ideal, mas de qualquer forma haverá sentir, haverá dor.
Por aí se vê que em nada errou o Papa Bento XVI ao se referir à ferida. A propósito, os papas – ainda mais um homem tão nobre, tão erudito e civilizado como Bento XVI – não usam certas expressões. Seria inusitado, da parte de um pontífice, chamar alguma coisa de praga.
Eu fico imaginando: será que a mídia brasileira não tem condição de traduzir corretamente o italiano? Esse é um pequeno exemplo, entre milhões, de como é deveras fácil difamar a Igreja Católica, fenômeno que vem ocorrendo há dois mil anos. Como se vê, basta às vezes um simples (quiçá deliberado) erro de tradução.
Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2017.