A inocência de uma criança
O olhar de uma criança trás a pureza da inocência, ao decorrer da vida vamos adquirindo a consciência eu, o que nos abre os olhos para as relações. Quando não somos conscientes da individualidade estamos de olhos fechados para a escola da sabedoria, pois aprendemos a ser sábios quando encontramos na outra individualidade a mesma essência que esta em mim, mesmo com a separabilidade que a manifestação material nos concedeu.
Quando aprendemos a nos amar pelo que nós somos, o próximo passo é encontrar e construir esse amor pelo próximo, sendo ele igual ou diferente, porque todos os seres devem ser incluídos neste amor, pois o amor a tudo forjou e é a linha tênue que liga a todas as centelhas para a unidade. Quando enfim percebemos que não há diferença na separabilidade, não visualizaremos a matéria como um mundo dual, onde existe o mau ou o bem, pois entenderemos que um polo completa o seu oposto gerando a unidade, este é o olhar de uma criança.
Ao adquirir novamente esse olhar, poderemos ser chamados de sábios, pois encontramos o caminho do verdadeiro homem, este é o novo nascimento, poder olhar a matéria sem a percepção da dualidade, mas sim com a consciência que a matéria é o complemento do sutil, uma escola para a sabedoria, o terreno para o caminho se estabelecer e poder realizar o seu objetivo de levar a criatura até o criador, nos unificando e formando a consciência universal, ou seja, podermos perceber a unidade.
Só assim seremos um novo homem, percebendo e vivendo isso, poderemos realizar a amalgama entre água e fogo, abrindo os portais do templo para que seja realizado o casamento alquímico entre a Lua e o Sol.