A ideia é um parasita.
Expectativas nem sempre é bom. Ainda mais para aqueles que idealizam demais uma ideia, uma notícia ou uma paixão, por exemplo. Sim, sou desses, felismente ou infelismente, trago internamente este Dom que a tempos se exuma das profundezas da terra, ou não. É uma condição ingrata, fomentar um parasita mesmo sabendo do 'não-antes-pelo-contrário', do que aquela ideia é de fato, e no que resultará tal empreitada. Capite? Bom, para discernir melhor, destrinchemos os pormenores.
A razão que é a faculdade de julgar, comparar, refletir e ponderar (dicionário na versão de Dermival Ribeiro Rios) junto com a vontade (Dicionário Aurélio) que é a faculdade de representar mentalmente um ato que pode ou não ser praticado em obediência a um impulso ou a motivos ditados pela razão; formam um complô ressonante de atribuições conscientes e também vindos do subconsciente (Emoção?). Bloquear as emoções é pragmático-racional, idealizar um conceito, ideia ou mesmo uma vontade é se permitir. Mas ambas andam juntas e inseparáveis. E como já dizia o camarada Luís de Camões: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
E para acabar com essas cincunlóquias fúteis; prefiro dar caráter, perfeição ideal, poetizar, divinizar, projetar, conceber, fantasiar, imaginar, criar na ideia; idear. Idealizar do que estar fadado a razão cartesiana meticulosa das abstenções. E o tempo, como dizia Constantin Stanislavski no livro A preparação do ator: " O tempo é um esplêndido filtro para os nossos sentimentos evocados. Além disso, é um grande artista. Ele não só purifica mas também transmuta em poesia até mesmo as lembranças dolorosamente realistas".