O DESVIO
Seguia tranquilo a longa jornada, e foi justamente por este estado de espirito que não percebi quando peguei o desvio logo a frente, distraído não tinha notado que tinha mudado o caminho, então continuei,a paisagem parecia a mesma,mas o destino não!
E como andei!
Bom eu me enganara, não era a paisagem do caminho original,estava disperso demais para não notar a diferença, não dei devida atenção as pequenas sutilezas,e não vi a diferença,foi então que presenciei o perigoso engano cometido,quando começei sentir que não era o lugar onde eu merecia estar!
Me veio o assombro!Eu estava só,e o desconhecido me trazia uma tamanha insegurança, no turpor do momento me senti fraco,pois andei por demais inutilmente,para não chegar a algum lugar que de fato me recompensasse o esforço exercido!
Andei muito tempo para que ousasse voltar atrás, e era certo que não me lembraria o lugar exato onde desviei!
O bom que eu percebi a tempo! Assim acreditava como a única esperança em recomecar de um marco zero!
Cômico para não dizer trágico, era ter a absoluta certeza, foram meus próprios passos que me levaram até ali,e foi reconfortante saber que seriam os mesmos a me levar para um outro lugar!
Sofrer pelos próprios erros e descobrir que podemos construir um inimigo dentro de nós!
Triste saber que tinha errado, mas permanecer era tolice! Então tinha de fazer algo rapidamente antes que ficasse tarde demais, e que a escuridão da noite nos cega em qualquer estrada!
Resolvi fazer as pazes comigo e descobri um amigo interior, procurei me ajudar,ninguem mais teria a capacidade de fazer algo, senão eu!
A alegria de encontrar uma companhia interior era reconfortante,pois era horrível estar sozinho!
Então começamos a andar mais depressa,acelerar o passo porque mêsmo no caminho errado minha meta era encontrar algum atalho seguro que me devolvesse ao caminho certo de onde eu nunca devia ter saído.
(Do meu livro Escultor de Frases)
(Uma Resposta para o Mundo)