Educação: formadora de sociedade.

Seguindo os conceitos de Durkheim, do qual, "A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo individuo de uma série de normas e princípios - sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento- que balizam a conduta do indivíduo num grupo." adotamos-lhe a concepção de que a educação forma o individuo, antes puramente natural á um produto da sociedade em que vive. Dando-lhe assim, um papel de "fonte social" para com os indivíduos, de modo que, mantenha de forma coesa, a sociedade e todos que a englobam.

Não apenas pensada por Durkheim, a educação, também é de modo social, pensada por Marx, do qual a caracteriza como ideologia, e que esta deveria ser a infra-estrutura da sociedade, onde que, atualmente esta definida pela economia.

A função da educação tem como percursor, o professor, cujo, o papel não esta apenas em trazer conhecimento, mas de capacitar o individuo á um cidadão que possa viver em sociedade. Ainda utilizando as concepções de Durkheim, definimos a função social de professor como um reprodutor dos valores morais e éticos da sociedade, do qual a criança em seu inicio letivo começa a conhecer. Porém, a ideia de que o professor é um reprodutor dos valores sociais, limita o individuo á conquista de sua autonomia, esta que se torna, como busca mais presente na adolescência.

A criação de seres não autônomos e sim reprodutores de valores sociais, limita a capacidade de mudança da sociedade. Como a sociedade atual, tem como base conceitos mais conservadores, do que revolucionários, esta reprodução a mantém firme.

Fugindo dos aspectos filosóficos e chegando a estreita relação de professor-aluno, temos na escola uma espécie de "segunda família", onde o professor se caracteriza como pai do individuo, do qual tem como principio lhe fornecer conhecimentos e valores, de modo que lhe guie, junto á família, á seu desenvolvimento. Onde que, por meio de relações interpessoais, se estabelece uma convivência de um com o outro (professor e aluno), mais precisamente do aluno, do qual Freud, explica que podem ser definidas de dois modos:

Introjeção: a criança interioriza a imagem dos pais ou dos adultos que desempenham os seus papéis e essa imagem passa a constituir uma parte de sua personalidade (superego).

Projeção: o indivíduo lança nos outros características indesejáveis que é incapaz de perceber em si mesmo.

Deste modo, o professor, estrategicamente define seu método de aula, buscando compreender os grupos que se formam na sala, quais vocabulários utilizar e como se portar de modo que o conhecimento sobressaia-se.

Com a vasta informação, que hoje possuímos á todo momento, o professor, ao longo da modernidade teve que alterar seus modos de ensino, de uma maneira, cujo, respeite e torne o aluno, o centro do processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que este construa o conhecimento e não reproduza-o passivamente, que através da posição de professor autoritário e possuidor único do conhecimento, o limitava.

Portanto a educação e mais precisamente o professor, possuí um papel fundamental para a sociedade, se tornando essencial para o mantimento de valores e morais, para a formação do individuo e sendo o ponto crucial, a chave, para uma possível mudança.