AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS VOLTADAS PARA CONSTRUÇÃO DE CARÁTER E CIDADANIA DO ALUNO
Por: Carlos Souza/25/04/2016
A educação se apresenta como um mecanismo transformador universalizado, abarcando de alguma forma toda a população mundial. Mesmo assim, sofre transformações decorrentes do tipo de sociedade, cuja qual ela é empregada.
A educação exerce a competência de originar e produzir mudanças comportamentais significativas nos alunos em diversas gerações, tanto nas maduras, quanto nas consideradas debutantes, levando-as ao desenvolvimento social, moral, religioso, ético, corporal e cognitivo. O docente vivencia dentro do espaço de construção e permuta de saberes que, a educação, transpassa o espaço físico delimitado pelas paredes das salas de aulas, neste contexto atual o discente carrega consigo um conhecimento próprio de mundo, permutando-o no convívio da classe. E nesta percepção o professor já não detém sozinho o conhecimento.
A concepção do mecanismo transformador exercido pela educação difere de país, cidade e sociedade, pois os valores sociais, religiosos, éticos e morais e suas realidades não são os mesmos. De acordo com Libâneo (1998): “a ação educativa é um processo natural da sociedade, sendo que as instituições de ensino se apropriaram desta tarefa, de forma sistêmica e intencional”.
Para cada sociedade a inserção da idéia de educação é evidenciada de acordo com a sua realidade, seus conceitos e seus valores. O ser humano se valoriza e se destaca no momento em que exerce uma relação com os outros e com o meio ambiente que o circunda. Nesta determinada situação ele demonstra na prática o seu poder de escolha, tomando decisões de aceitar ou recusar aquilo que considera útil, inútil, benéfico ou maléfico dentro de um contexto de escolhas proporcionadas pelo desenvolvimento do seu nível cognitivo.
Os diferentes tipos de indivíduos, discordância entre os mesmos, mudanças de ponto de vista, diferente nível de aprendizagem e tempo de assimilação ficam evidenciados pelo docente dentro da sala de aula. Trazendo a tona a necessidade de o professor refletir a sua prática educativa objetivando o nivelamento do ensino aprendizagem dentro da sala de aula.
O ensino aprendizagem será percebido pelo professor como um desafio durante a sua militância dentro da docência. A sua práxis pedagógica perpassará por uma metamorfose conceitual exigida pela educação visando ajudar na transformação das instituições, nas tradições, na construção de saberes, caráter e cidadania do aluno. Diante dessa responsabilidade, torna-se-a de fundamental importância, refletir, analisar, buscar e rebuscar o aperfeiçoamento da práxis pedagógica constante e incessantemente, objetivando, com isso o esmeramento do docente. Através da realização de pesquisas constantes o professor introduz as mudanças exigidas pela prática do ensino aprendizagem em prol de seu benefício e dos seus alunos, obtendo, assim uma didática mais qualificada.
Dentro do desenvolvimento dessa práxis pedagógica o professor detém uma posição de vital importância no que concerne a maturação e a transformação cultural dessa sociedade. Agindo decisivamente na progressão das competências social, emocional e cognitiva dos alunos, levando os mesmos a uma reflexão no enfrentamento das dificuldades decorrentes em seu cotidiano. Despertando a valorização, a responsabilidade, o respeito mútuo, o estímulo, o aprendizado, a cidadania, etc. Proporcionando acesso e a interação com a educação e à informação, conduzindo-os ao exercício da cidadania.
Deve se entender que o aluno não pode ser considerado um elemento passivo dentro desse contexto educacional pedagógico, por isso tem reações diversificadas diante de determinadas situações que se apresentam dependendo do seu nível de valores. Transformando ou não esse quadro mediante os seus objetivos dentro dessa perspectiva. Estabelecendo imposições de conceitos de valores correspondentes aos privilégios dos seus grupos sociais.
A educação no Brasil tem como objetivos a transformação, subsistência, comunicação e libertação. A prática educacional não pode ser admitida somente dentro das escolas, pois não é o único lugar onde acontece. Há muito tempo ela perpassa as delimitações escolares, acontecendo também onde existam estruturas e redes sociais de permeações de saberes entre gerações. Até mesmo nos locais nos quais o ensino formal não tenha um modelo definido existe a práxis pedagógica.
Socialmente e historicamente a família é o elemento inicializador, detentor do papel de interação e influência educacional da criança. Pois esta demonstra necessidades psicológicas, físicas, espirituais, morais e intelectuais. Mesmo diante desse quadro importante, muitas famílias confrontam-se com inúmeras dificuldades por falta de preparo da grande maioria dos pais em cumprir essa função.
Gerando com isso ausência de amor, de carinho, de trato adequado, frustração, separação de casais, abandono do lar, dentre outras. Para conseguir suprir essas carências e desempenhar com competência essa missão se faz necessário que a comunidade, a escola, os pais e a sociedade compartilhem da mesma opinião.
Na estruturação e no desenvolvimento da cidadania do individuo, principalmente do aluno o professor/educador exerce um papel de fundamental importância. Participando efetivamente do desenvolvimento e da construção de um projeto político pedagógico consistente que abarque a realidade dentro da comunidade na qual esse aluno está inserido. Proporcionando-lhe um desenvolvimento religioso, ético, moral, crítico, social e cultural. Além da relação professor aluno, daquele que ensina e daquele que aprende, o que passa o conhecimento e o que recebe esse conhecimento é importante que exista uma demarcação nesse processo de construção de saberes, dominando tanto o conteúdo pedagógico, quanto à didática e a metodologia empregada, aliando a isso a experiência de vida no perpassamento dessa práxis pedagógica.
REFERÊNCIAS
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LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1998.
PIMENTA, Selma Garrido; Anastasiou, Lea das Graças C. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez, 2003
Piletti, Claudino. Didática Geral, Ática, 1997
Piletti, Nelson. História da Educação, Ática, 1991
Libâneo, José Carlos. Didática, Cortês, 1994
Como se aprende? Portilho, Evelise Maria Labatut (2009)
Artigo A Educação na construção da cidadania, Nadjag, Julho (2012) / 4 páginas (884 palavras) Arroyo, Miguel: Buffa, Ester e Nosello P.
Educação e cidadania: quem educa o cidadão? 13 ed. São Paulo: Cortez, 2007. Benevides, Maria Victoria,
A cidadania Ativa, São Paulo, Ática, 1991. Freire, Paulo.
Pedagogia do Oprimido, 9, ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
Escola, Educação e Aprendizagem: Trindade, Rui, Cosme, Ariana, (2010).
Souza, Carlos - Licenciado em Letras Português/Inglês, 2010 – Faculdade de Ciência e Tecnologia (FTC), Salvador-Ba-Brasil.