Silêncios gritados e gritos silenciados
O silêncio nem sempre consente. Ao contrário do que se possa imaginar, o silêncio tem muito a dizer, carrega consigo muito quês e porquês.
Há silêncios e gritos abafados, exite uma curta e imensa linha tênue entre ambas palavras. Gritos que incitam extrema paz e tranquilidade, e silêncios que anunciam uma tempestade se aproximando.
Nem sempre estamos prontos ou queremos utilizar verbos para expressar o que se passa por nossos pensamentos, assim nos afogamos num silêncio que pode aparentar concordância com determinados fatos.
O pensamento e a fala devem está constando entre si o tempo todo, de forma que um não atropele o outro. Devem ser harmoniosos, pois as palavras costumam marcar em suma maioria negativamente; por isso é melhor pensar antes de soltar o verbo.
As vezes o silêncio é o reflexo de uma angustiante solidão, onde mesmo rodeados de corpos estamos sós, perdidos, com a sensação de não pertencimento. Outras vezes silêncio é desistência, desistimos de lutar, de persistir em alguém, em algo, desistimos mendigar afeto, oportunidades, chances, amor, e cansamos de ilusões.
O silêncio pode ser sofrimento, libertação, mágoa, ressentimento, culpa, felicidades, conquistas, etc... Talvez por medo sufocamos nossos sentimentos, os envolvemos numa espécie de membrana de proteção.
Felizmente temos a capacidade de discernirmos o certo e o errado, o momento de calarmos e falarmos; o que não significa que podemos falar no momento errado e criarmos um problema.
Quando estamos seguros quanto ao que somos, quanto aos nossos sonhos e planos de vida; nenhum barulho é capaz de abalar nossas verdades.
Quanto ao silêncio guardamos nossos sonhos e futuro para alcança-los quando estivermos prontos, e assim compartilha-los com quem realmente é importante para nós.