Os palavrões
Sabem, uma coisa que entristece é observar a degeneração da linguagem pela má influência dos próprios meios de comunicação. Antigamente escritores não enchiam seus textos de palavrões e descrições indecentes; agora fazem coma maior sem-cerimônia.
Na política, de uns 30 anos para cá, mais ou menos, tornou-se moda o desbocamento de políticos. Mesmo os que exercem altos cargos.
Não estou nem entrando no mérito da questão, se o Juiz Moro fez bem ou mal em divulgar aquelas gravações. E alguém pode até dizer que o baixo calão e os deboches fazem parte de conversas telefônicas privadas (aliás bem privadas mesmo), que não deveriam ter sido divulgadas. Mas, isso justifica os palavrões proferidos por Lula e Eduardo Paes? E com aquela arrogância? A verdade é que o hábito de pronunciar palavradas de forma contumaz não prova nada, a não ser a falta de educação. Uma pessoa de educação mais refinada evita dizer palavras chulas, sujas.
O Sr. Eduardo Paes se desculpou com Maricá pela gafe. Não se desculpou, porém, perante o povo brasileiro, pelas palavras sujas e debochadas que proferiu.
Claro, pode-se usar esse palavreado de maneira mais inocente, casual. O fato porém é que geralmente o linguajar baixo se liga à agressividade, ao pouco caso pela moral cristã, até mesmo ao machismo, como se vê pela maneira como a mulher é espinafrada na pornografia e nas piadas sujas: uma mulher promíscua, ou que simplesmente o homem quer insultar, é uma "piranha"; um homem promíscuo é apenas um conquistador, casanova ou donjuan.
É melhor usar linguagem educada.