Análise do comportamento humano frente à crise política
Um sentimento estranho me invade, ao perceber as pessoas com tanta raiva, ódio e rancor frente à crise política. Tenho visto pessoas desfazendo amizades por conta de diferenças partidárias, tantas brigas e discussões nas redes sociais e lanço a reflexão: Esse ódio todo resolve? Começar a excluir pessoas da vida traz algo de válido? E o dizer: quem apoia o partido tal não vale nada e por isso não serve para mim! Ou essas atitudes revelam a ausência de capacidade em conviver com as diferenças? Pois, as pessoas tem todo direito de realizar suas escolhas e ponto final. Nunca teremos 100% de escolhas iguais e uma coisa é querer acabar com a corrupção, outra coisa é discriminar as pessoas entre melhores e piores pela opção partidária ou outras diferenças, e desejar o mal para elas... isso me lembra os tempos de Hitler, misericórdia. Imagina se a maioria das pessoas começarem a agir assim, julgar o valor do outro por suas opções, meu Deus, que coisa horrível. Temos que aprender a respeitar as diferenças. A corrupção no Brasil não pertence ao partido X ou Y, ela está em todos os lugares, então, precisamos compreender isso e ter controle emocional nessas horas.
Não é assim que se coloca em prática a democracia, pois ela se constrói por meio do diálogo e esclarecimento dos fatos. Escrevo isso, porque recentemente li um texto no facebook, de uma pessoa desejando o mal para quem é petista, dizendo que elas merecem a dor e tudo de ruim, e me senti no dever de alertar. QUE ISSO GENTE? Eu tenho familiares, por exemplo, que votam no PT, amigos queridos, professores, e então, quer dizer que eles merecem tudo de ruim, a dor, sofrimento? MISERICÓRDIA.
Olha, naturalmente, eu sou uma pessoa que não consigo sentir ódio de ninguém, é algo da minha essência, isso tem me trazido paz e clareza para compreender as questões de uma forma tranquila, entendo que muitas pessoas sentem raiva, por tanta corrupção, mas isso não justifica a hostilidade, ódio para quem, por exemplo, tem uma opção partidário diferente, e acima de tudo, é preciso separar as coisas.