O que aprendi para vencer minha baixa-auto-estima

Há alguns anos passados, passei por problemas não só de financeiros como também familiares, era uma sobre carga, mãe de cinco filhos, como professora o salário não cobria as despesas, e um casamento que não atava nem desatava. Não tenho palavras para registrar os sentimentos de baixa valia. Parecia que a terapia não ajudava o suficiente. Chorava muito às escondidas, fazia tudo para que o ex não visse minhas lagrimas, mas às vezes terminava escapando a doce vitima. A depressão tomava conta de minha pessoa.

Até que com a morte de meu pai, meu protetor, companheiro e amigo, o qual pensava que se ele morresse o que seria de mim, morreria também. Deparei-me chorando muito, as lagrimas rolaram, mas quando fez oito dias percebi que estava viva. Limpei as lagrimas e me prometi que a parti daquele dia não iria mais chorar, uma vez que minha mãe dizia: “pelos mortos choramos três dias, depois a vida continua”.

Daí, levantei-me, olhei-me no espelho, e então percebi minha magreza, as marcas do sofrimento por mim e pelas minhas filhas no rosto, sequei ás lagrimas, sorri muito, dei algumas gargalhadas sozinha, arrumei meus cabelos, fui a loja e fiz de tudo para me convencer que a partir daquele dia eu iria ser outra mulher, como seria esta mulher não sabia, mas entendia que ela não deveria mais chorar e sim viver e ao mesmo tempo dá boas condições psicológica e emocionais para minhas filhas para que não aumentasse os possíveis danos causados pelas desarmonias do casamento,

Passado uns dias que meu pai havia falecido, sonhei que eu estava próxima ao cemitério e vi meu pai no ponto do ônibus, dizendo que queria voltar para casa, mas não podia porque estava sem os sapatos, pedi para não sai do lugar, pois iria providenciar alguém para buscá-lo, entendi Jesus Cristo, quando ele falou para um dos apóstolos, “deixai que os mortos enterrem seus mortos”, pois o que estava ali era a carne desgastada, o espírito não estava mais no corpo, ele sai e ressurge no mundo dos mortos.

Isto ainda me deu mais força, logo a morte não existe e conclui, o que existe na realidade é “VIDA”, seria o que Jesus quis nos ensinar, que este corpo é apenas um invólucro, e com o passar do tempo ele perde a validade.

Com esta aprendizagem, passei a policiar meus pensamentos, ver e sentir somente coisas boas, o ódio e a raiva também passaram a ser combatida, pois não iria deixar que a depressão tomasse conta do meu corpo nem do meu cérebro, comecei a aproveitar cada minuto de minha vida satisfazendo minhas vontades e distraindo minhas filhas promovendo momentos de lazer, não esperei mais o marido para resolver meus problemas uma vez que ele não fazia mesmo, dizia-me “Deus ajuda”, enquanto ele gastava o dinheiro com mulheres e farra. Era professora, mas passei a trabalhar dois turnos, o dinheiro duplicou e aos poucos fui assumindo a minha família e lutando com os estudos delas, fiz Pós Graduação em Terapia Familiar pois queria entender sobre famílias e minha família o que ajudou muito mais,

Descobri que todos nós sofremos da mesma coisa, a diferença é que cada pessoa reage de formas diferentes aos mesmos problemas, posso hoje dizer que todas as pessoas já passaram ou vão passar o mesmo problema que eu passei questões financeiras, traições, estupidez, maltrato de todas as formas como agressões de palavras e muitas vezes até físicas mesmo que moderada.

MINHAS CONQUISTAS:

1 - Exercitei o amor próprio, ou seja, me amar, foi duro descobri este amor dentro de mim, pois ele está La no âmago do nosso ser, basta procurá-lo, pois nascemos com ele.È preciso mexer muito no arquivo, mas conseguimos é carimbado com selo de ouro puro.

2- Aprendi a depender apenas do meu salário, não esperar nada do marido, não mais brigando, tentando obedecer a lei do silencio. Se um não quer dois não brigam, as provocações surgiam, passei a me afastar do lugar, Passei a me valorizar como mulher e profissional.

3-Todos os dias passei a ficar alguns minutos olhando-me no espelho, e fui modificando os penteados, e mudando o estilo de vestir, e ao mesmo tempo aceitando os cabelos grisalhos e naturais, procurando cortes que ficavam bem para meu rosto. Passei a ser “mais eu”. Aceitando-me como realmente sou mulata, cabelos meio crespos, brancos como a neve, peso pena.

4- Fui para faculdade fiz cursos e disciplinas de Artes plásticas, e voltei a fazer meus trabalhos de pintura em tela a óleo e acrílica. Passei a participar de varias exposições. Atendi como terapeutas a famílias carentes e faço exercícios físicos, e tomo aulas de dança de salão. Passei a acreditar em mim como pessoa e profissional.

5-Passei a realizar todas as coisas que desejava como viajar para conhecer todos os estados, agora quero ir mais longe, meu coração está pulsando mais forte.

6-Comecei a me dar ao luxo de um horário, um dia ou vários dias somente para mim.

7- Como falei antes, busquei La dentro do âmago do meu ser, o amor divino, aquele amor que Jesus empregou para todos nós, é um amor que nascemos com ele, mas as influencias externas faz com que ele vá se dissipando, daí é bom que não busquemos este amor nos outros, mas dentro de nós mesmos. Não é os outros que deve nos amar, mais somos nós que devemos e temos obrigação de nos amar.

8- Passei a fazer relação do que era bom e o que não era bom para mim, refletiu cada um dos itens relacionados e depois comecei a classificá-lo por importância e fui eliminando ou acrescentando cada item. O primeiro que dei prioridade foi o divorcio.

9- Este foi muito difícil, o dizer não, porem sempre digo, depois dou a resposta, e Isto está sendo ótimo, faço ou ajudo quando quero e posso realmente e quando não posso digo que não dá. Apesar de algumas pessoas não entenderem. Nem por isto não me sinto culpada, mas aliviada.

10- Não deixei de olhar no espelho e achar-me cada dia mais linda, e ver os amigos e amigas me perguntarem, o que você fez? Mudou tanto. Ou você rejuvenesceu, está ótima. Desejo o mesmo para você que está lendo esta minha reflexão.