Conhecimento aferente
Luiz Carlos Pais
Luiz Carlos Pais
O objetivo principal desta redação é estudar alguns aspectos da noção de conhecimento aferente, utilizada pelo educador francês Guy Brousseau para sistematizar a teoria das situações didáticas. Ao estudar as várias teorias da didática da matemática, uma das estratégias possíveis, segundo nosso entendimento, consiste no constante exercício de ler e redigir as ideias postuladas pelos autores. Mas, é preciso observar que esse tipo de leitura e de escrita não são ações executáveis de uma única vez. Será sempre necessário retornar aos textos originais, tentar ampliar o entendimento inicial com exemplos e outras noções já apropriadas com maior profundidade.
Fazemos esse comentário para dizer que todo texto está diante desse desafio de vivenciar os constantes retornos do leitor aos textos originais, mesmo que seja para discordar de algum aspecto. É com esse espírito que reservamos este texto para destacar o que o nosso autor de referência denomina de conhecimento aferente. Entre vários outros conceitos relacionados, entendemos ser conveniente parar um pouco em torno dessa ideia que parece ser essencial para esclarecer o significado postulado para a devolução. A princípio, é importante lembrar o significado mais amplo que o adjetivo aferente assume na língua portuguesa, para qualificar algum objeto que pode ser aferido, avaliado, comparado com outro.
O termo também está presente na linguagem biológica para conceituar os chamados nervos aferentes: aqueles que recebem os impulsos externos para conduzi-los ao sistema nervoso central. A partir dos estímulos psicofísicos recebidos no meio no qual o corpo está inserido, os nervos aferentes recebem essas mensagens do exterior e as enviam para os centros superiores até chegar na parte específica do cérebro. Esses nervos sentem a temperatura do ambiente e transmitem a mensagem ao centro nervoso cerebral.
Quando esse conceito é levado para os vastos domínios da neurociência e desse campo para a educação, o ambiente no qual o sujeito está inserido tem uma importância fundamental. Levando a noção para o campo da didática da matemática, bem como em outras teorias didáticas, o meio passou a ser uma variável essencial para analisar as possibilidades de apropriação dos conteúdos curriculares. De um lado de toda proposta didática estão as bases curriculares e os saberes científicos usados como referência para o ensino. Do outro, estão os efetivos conhecimentos do aluno, repletos de subjetividade e não necessariamente próximos da objetividade pretendida.
Existe uma diversidade de conhecimentos na consciência do estudante, mas o referido autor destaca aqueles que ele denomina de conhecimentos aferentes, os quais podem de algum modo ser avaliados em relação à proposta dos saberes de referência. Além do mais, como Brousseau observa, não são conhecimentos transformáveis ou transformados em saberes, porque todo conhecimento dessa natureza expressa uma dimensão pessoal. Por esse motivo constituem uma “posse” do indivíduo e sempre terá esse vínculo essencial com a subjetividade, contrariamente, os saberes científicos são referências mais objetivas e afetas ao plano social ou coletivo. Para finalizar, caso você pretenda interagir com o autor, no sentido de ampliar esse estudo, insira um comentário público abaixo ou, se preferir, envie uma mensagem pelo e-mail.
Fazemos esse comentário para dizer que todo texto está diante desse desafio de vivenciar os constantes retornos do leitor aos textos originais, mesmo que seja para discordar de algum aspecto. É com esse espírito que reservamos este texto para destacar o que o nosso autor de referência denomina de conhecimento aferente. Entre vários outros conceitos relacionados, entendemos ser conveniente parar um pouco em torno dessa ideia que parece ser essencial para esclarecer o significado postulado para a devolução. A princípio, é importante lembrar o significado mais amplo que o adjetivo aferente assume na língua portuguesa, para qualificar algum objeto que pode ser aferido, avaliado, comparado com outro.
O termo também está presente na linguagem biológica para conceituar os chamados nervos aferentes: aqueles que recebem os impulsos externos para conduzi-los ao sistema nervoso central. A partir dos estímulos psicofísicos recebidos no meio no qual o corpo está inserido, os nervos aferentes recebem essas mensagens do exterior e as enviam para os centros superiores até chegar na parte específica do cérebro. Esses nervos sentem a temperatura do ambiente e transmitem a mensagem ao centro nervoso cerebral.
Quando esse conceito é levado para os vastos domínios da neurociência e desse campo para a educação, o ambiente no qual o sujeito está inserido tem uma importância fundamental. Levando a noção para o campo da didática da matemática, bem como em outras teorias didáticas, o meio passou a ser uma variável essencial para analisar as possibilidades de apropriação dos conteúdos curriculares. De um lado de toda proposta didática estão as bases curriculares e os saberes científicos usados como referência para o ensino. Do outro, estão os efetivos conhecimentos do aluno, repletos de subjetividade e não necessariamente próximos da objetividade pretendida.
Existe uma diversidade de conhecimentos na consciência do estudante, mas o referido autor destaca aqueles que ele denomina de conhecimentos aferentes, os quais podem de algum modo ser avaliados em relação à proposta dos saberes de referência. Além do mais, como Brousseau observa, não são conhecimentos transformáveis ou transformados em saberes, porque todo conhecimento dessa natureza expressa uma dimensão pessoal. Por esse motivo constituem uma “posse” do indivíduo e sempre terá esse vínculo essencial com a subjetividade, contrariamente, os saberes científicos são referências mais objetivas e afetas ao plano social ou coletivo. Para finalizar, caso você pretenda interagir com o autor, no sentido de ampliar esse estudo, insira um comentário público abaixo ou, se preferir, envie uma mensagem pelo e-mail.