Por que o acordo assinado na COP-21 é considerado histórico?
Quando ouvimos sobre redução de impactos ambientas, sustentabilidade, preservação e todos estes temas que percorrem o viés da preservação ambiental em busca de atitudes mais saudáveis para garantir o equilíbrio ecológico, nos parece um assunto que virou “moda’’ ou nos trás a tona uma consciência mais critica do real problema que nos rodeia. Mas, discussões globais referentes a proteção da natureza já havia sido colocado em pauta muito antes da década de 80, se observarmos a linha do tempo que A Revista ECO-21 trouxe, percebemos estas idéias nitidamente em seu artigo publicado de tema: A política ambiental do Brasil ontem e hoje dos autores Liszt Vieira e Renato Cader.Nos relembrando que o primeiro código florestal foi criado em 1934 – instituído pelo Decreto 23793/1934 – onde eram definidas bases para proteção dos ecossistemas florestais e para regulação da exploração dos recursos madeireiros. Já na década de 60 houve a institucionalização da Lei Nº 4.771 de 15/09/1965, que instituía o novo Código Florestal Brasileiro.
Na década de 70 aconteceu a Conferência de Estocolmo em 1972,defendendo que para se combater a poluição seria provinda do desenvolvimento econômico e social , então era preciso criar projetos que possibilitasse a redução dos impactos ambientais . E assim ao logo destas décadas noções de preservação já se tinha, porém não a ideia de desenvolvimento sustentável .
Mas, outrora surge a construção do conceito de desenvolvimento sustentável durante a Cúpula Mundial da ONU, realizada em Joanesburgo, África do Sul, em 2010. A Declaração de Joanesburgo estabelece que o desenvolvimento sustentável se baseia em três pilares: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental.
E mais tarde surgiu a COP -21 (conferência do clima da ONU) o qual é sim uma acordo considerado histórico porque envolve quase todos os países do mundo em um esforço para reduzir as emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento global. Porém, sabemos que conhecer a trajetória de avanços favoráveis ao meio ambiente é de fato importante, entretanto sermos críticos indo na contra mão de uma geração altamente consumista, onde vigora uma profusão de consumo e mercadorias, e todos querem mais e mais bens, sendo que, ao mesmo tempo nem todos possuem possibilidades e nem mesmo sua necessidades primárias atendidas, seria melhor ainda a ação individual por mais mínima que seja faríamos a nossa parte. Como pondera o Senador Cristovam Buarque, “Precisamos continuar lutando por uma consciência ecológica, mas temos de lutar também por uma consciência revolucionária, que não é a ideia de socialismo, porque o socialismo também era depredador, também era parte da civilização industrial”. Então de fato é preciso mudança de atitudes e paradigmas que todos nós temos nesta sociedade consumista.
Conferência do clima termina com 'acordo histórico' contra aquecimento global Disponível em: Acesso em: 28 fev. 2016.
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RAMOS, Elisabeth Christmann. Educação Ambiental: evolução histórica, implicações teóricas e sociais. Uma avaliação críticaf. 140f. 1996.