Quem se lembra da figueira na Praça Saens Peña?



Era uma árvore maravilhosa, copada, de copa arredondada e imensa, tronco grosso, parecia até um baobá. Vetusta, venerável, devia ter séculos de existência. Dava uma grande sombra e Deus sabe quantos ninhos abrigava, quantos passarinhos em seus galhos moravam, aconchegados.
Ela de destacava facilmente, entre as demais árvores da praça. Era única. Parecia uma figueira do Ganges, da floresta tropical, deslocada entre suas raquíticas companheiras da terra carioca.
Mas um belo dia viraram a Praça Saens Peña (na Tijuca, aqui no Rio) para construir a estação inicial do metrô. Foi dito que não mexeriam com a figueira... mas ela foi derrubada sem alarde e ninguém, que eu saiba, foi para as galés.
Hoje em dia, com a internet, esse crime seria talvez mais difícil. Mas isso foi nos anos 70...
Procurei na rede fotos da velha e saudosa figueira, e não encontrei. Se alguém tiver por favor me ceda, para ilustrar essa matéria.
E por que o ser humano faz tanta lambança nesse planeta?

FOTO gentilmente fornecida por Patricia Justino.