Voracidade humana
A estupidez humana é capaz de atingir patamares horrendos. Consumista! É movida pelo voraz impulso do lucro, do poder e da dominação a qualquer custo. Arrasa todo e qualquer ecossistema terrestre sem o menor peso na consciência, numa temporalidade extremamente rápida. Com essas atitudes desregradas e sem nexo, comprometemos significativamente o planeta Terra, sob pena deste não ter condições de regular novamente o equilíbrio primoroso sob qual se assentam os pilares que são o sustentáculo da diversidade e da vida.
Talvez seja o ego com o qual a essência humana convive que nos impele para tomarmos posse deste planeta, e fazermos o que bem entendemos. Ignoram-se as demais espécies, o vital equilíbrio já mencionado no parágrafo anterior, ou mesmo um profundo questionamento que nos permita refletir sobre a nossa missão neste mundo, ou mesmo o direito que temos de exauri-lo até a última gota dos seus recursos que outrora abundavam horizonte a fora.
Vivemos uma realidade a parte, sentados num trono imaginário, na qual intitulamo-nos de senhores absolutos. Relegamos as questões pertinentes ao aquecimento global, extinção acelerada das espécies, devastações da vegetação em nome do progresso, por exemplo. Em alguns casos até temos medidas que visem coibir estas práticas, mas elas são tímidas e sem maiores intencionalidade, são carregadas de entraves burocráticos e de hipocrisia, quase sempre acompanhadas de estratégias ocultas de promoção eleitoral e pessoal. Deixa-se de lado a coletividade e o bem comum em detrimento do individual. A coletividade é deixada de lado, ela não é prioridade, apenas um termo utilizado com a vã intencionalidade de promoção e de controle das massas populares.