PÁDUA

Hoje quero confidenciar ao amigo Pádua (Antônio de Pádua Marques) algo que penso que ele sempre ignorou. Disse penso, porque o homem é astuto, raposa velha desde moço, razão pela qual ocupou, com muita eficiência, o RH da velha CESP do “queijo”.

Fui admitido na CESP em janeiro de 1969, na Secretaria Geral, sobre a batuta da enérgica Maria Thereza Lion Duarte, e suas pupilas Elza e Dora e seis meses depois (com a estabilidade)passado o período de experiência filiei-me ao Sindicato dos Eletricitários. Em Julho houve uma Assembleia sobre o dissídio coletivo, presidida pelo vice Abílio, nas dependências do Colégio São Luiz, e uma das reivindicações era destituir o presidente Cabral, pelego da administração CESP. Fui inocentemente utilizado para por a cara pra bater, reivindicando a renuncia do Cabral e rejeitar a proposta oferecida pelo porta-voz da diretoria pelo então gerente do RH, Pádua. Desde então fui persona no grata da Diretoria de Administração, em que pese haver sido admitido pelas mãos do saudoso Dr. João Baptista de Campos Maia. O desfeche desta contenda foi a minha transferência para o Jurídico sob os auspícios do Dr. Antônio Luiz Pinto Moreira, da Diretoria do Ministro Vicente de Paula Lima se não me falha a memória. Desde então até minha aposentadoria em 1996, pertenci aos quadros do Jurídico onde iniciei como arquivista e progredi a ponto de me formar advogado ocupando o cargo de advogado especialista, cuja função não mais existe, perdendo, assim, meu paradigma nos benefícios da Lei n.º 4819. Cheguei à Diretoria do Sindica dos Eletricitários, participando em 1986 do Curso de Dirigente Sindical em Israel durante dois meses. Perdi contato com o Pádua, meu desafeto gratuito, o que foi salutar para enterrar antipatia, mágoas e outras querelas mas. Hoje, com a cabeça de um sênior, reflexionando meu passado e minhas relações, releguei tudo quanto destilava meu fígado, passando a admirar a vida e as pessoas, sobretudo suas virtudes, e vejo quanto tempo perdi de não usufruir da amizade do naipe do Pádua, quem admiro tanto pela sua história de vida, pela criatura que me deleito pelo facebook, meio tão salutar de achar amigos que se perderam nas voltas do mundo e nos anos que nos transformaram. Fica, pois publicamente minhas desculpas pelos desentendimentos, exclusivamente da minha parte, durante tantos anos, mas que a vida nos proporciona a reconciliação, tão salutar para quem procura descansar em paz com a consciência. Receba meu afetuoso abraço antes tarde do que nunca! José Francisco Ferraz Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 05/02/2016
Reeditado em 06/02/2016
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