PÁTRIA AMADA, IDOLATRADA, SALVE, SALVE...

Pátria amada, idolatrada, salve, salve... é com estas efusivas palavras que soam como música aos nossos refinados ouvidos que inicio esta exposição. Nos versos majestosos do glorioso Hino Nacional Brasileiro, fruto do poema de Joaquim Osório Duque Estrada, musicado por Francisco Manuel da Silva, retrata fidedignamente o ideário popular da Pátria Mater, grande torrão onde repousam os nossos sonhos e projetos de vida. Uma terra denominada Brasil. Brasil, das belezas e riquezas mil. Sagrado chão onde o que se planta, tudo dá! Onde as destemidas naus lusitanas aportaram no longínquo ano da Graça do Nosso Senhor de 1500 e a sua tripulação deleitou-se com a paisagem, o clima, a vegetação, a pureza e inocência dos habitantes nativos, erroneamente denominados “índios”. Conforme atestam os escritos de Pero Vaz de Caminha, em sua carta régia endereçada a El Rey, a então denominada “Certidão de Nascimento do Brasil”. Como se não houvesse cultura, “civilização”, conhecimento empírico e tácito antes do aporte dos portugueses em praias brasileiras.

Entretanto a história escrita e documental do Brasil, como assim a conhecemos, inicia no ano de 1500, com a colonização e a europeização desta terra, transcorrendo de forma gradativa. Passados séculos tenebrosos e rudes de colonização e povoamento, onde novas culturas foram introduzidas e se fundiram com a nativa, dando origem e gênese de um povo, com costumes típicos, onde o nativo e o exótico se miscigenaram. A colônia se desenvolveu, houve a efervescência e desejo de independência da metrópole, movimentos foram ferozmente sufocados e suprimidos, mas em 1822, enfim o “grito do Ipiranga”. Urdia a independência. Sob a forma de Império o Brasil nascia como nação, livre de Portugal, mas dependente da Inglaterra. Nascia um país de proporções continentais, com abissais diferenças de culturas, sem educação, a margem da vanguarda do desenvolvimento, principalmente nos campos científicos e industriais, estes fervilhavam tenazmente no hemisfério norte.

Passaram-se as décadas do Império, e em 1889. O golpe de gabinete, a República está constituída. Criada provisoriamente resiste agonizante até a data de hoje. Muito embora a República já nasça com contornos de um Império opressor, centralizador que praticamente extorque o cidadão dia após dia, explorando-o da mais vil maneira e sob a forma de impostos excessivos mantêm-se, sabe-se lá como. Não defendo aqui a Monarquia, que foi a forma de governo inicial do Brasil. Somente pontuo os aspectos da nossa tão afamada democracia, que de democracia não tem nada. Há sim uma monopolização do poder, por grupos que se apossam dos partidos políticos que controlam as mídias de massa e fazem do povo, fácil massa de manobra.

Durante toda a história da República, tivemos poucos presidentes eleitos pelo voto popular, e os que o foram, elegeram-se em condições dúbias, frutos de um processo eleitoral no mínimo duvidoso e certamente tendencioso. O fato é que praticamente todos, e aqui incluo todos os presidentes eleitos após “ditadura militar”, tiveram más e sofríveis administrações, denotando nítido despreparo para a função, sem contar nos seus detestáveis níveis de escolaridade e de discurso. Pessoas despreparadas e verdadeiramente incompetentes se apossaram da Administração Pública do País, o que resultou numa sangria para o povo. Partidos políticos que apenas pensam em se manterem no poder a todo o custo, que colocam seus interesses pessoais e ideológicos acima da Pátria. Deturpam a verdade e maquiam orçamentos e contas, para iludir o povo. Fazem da educação, a sua ferramenta de dogmatização da sua doutrina, jogando no lixo os valores morais e de livre arbítrio que pautaram o desenvolvimento da Humanidade.

Vivemos em tempos atuais, o reflexo destas colocações expostas acima, temos sim uma máquina administrativa pública agonizando e pedindo socorro, submersa no caos da politicagem e da corrupção. Temos “Líderes” indignos que de líderes não tem nada, e munidos de discursos vazios e sem objetivos, anseiam apenas acalmar e iludir o povo.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 14/12/2015
Código do texto: T5480202
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