Sobre os sentimentos
Dizem que as pessoas que tendem a não expressar os sentimentos é porque tem o controle das paixões e emoções. Eu digo diferente, acho que as pessoas indiferentes não tem palavras na vida e sim números.
E o que quero dizer com isso? Ora, podemos pensar que o primeiro citado se trata de um lógico, enquanto que o segundo, dogmático. Mas, aqueles que são vivos com as palavras, geralmente se balançam com o estremecer delas, i é: "das palavras", todavia, porque ainda continuamos com os números?
Desse modo, temo que as palavras, na alma, balança o corpo e estremece as emoções. Já o afastamento delas, no lógico e em alguns ramos da razão por exemplo, faz repetir ações no homem que mais parecem uma sistematização pragmática simbólica do que uma vida orgânica, isto é, em suma, estamos nominando um homem-máquina, programado e bestificado pela contradição do dilema da felicidade, sempre a beira de um colapso.
Sobremaneira, enquanto princípios contínuos de uma conjunção sem expressão, a ação do homem, sem sentimento, produz outros números que sequer podem ser concebidas como um toque na alma, pois, como números, só podemos esperar no máximo a soma. De outro modo, antes das palavras vem as coisas, mas, pela complexidade do tema, isso já é assunto para outro problema.