# Kalúnia 120 # O Aeroporto preferido de Aécio, de Cláudio, é legal - Palavra de Aéciox

Um jornal de boatos infelizmente confirmados

O aeroporto da cidade de Cláudio, Minas Gerais, construído no governo Aécio Neves, em terreno que pertencia à fazenda do tio do atual senador - Múcio Tolentino é legal, segundo investigações concluídas do Ministério Público de Minas Gerais - MP/MG - publicadas com destaque pela revista Veja. Aliás, legal às pampas, porque pertinho de "uma propriedade onde o tucano costuma descansar" (do que ?) como está escrito na revista.

"Não houve irregularidades", concluiu o MP/MG sobre o questionamento do preço de R$ 14 milhões pago pelo Governo de Minas Gerais para construção do aeroporto e depois de ter confirmado que as chaves do local não ficam mais na fazenda do tio de Aécio. O arquivamento do inquérito deve ser agora homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público.

Apertem os cintos, o piloto sumiu !

Do senador Aécio, no Blog do Reinaldo Azevedo

Nasci no ambiente da política e vivi nele toda a minha vida. Sei que todo homem público tem uma obrigação e um direito: a obrigação de responder a todo e qualquer questionamento, especialmente os que partem da imprensa. E o direito de se esforçar para que seus esclarecimentos possam ser conhecidos.

Nos últimos dias, fui questionado sobre a construção de um aeroporto na cidade de Cláudio, em Minas Gerais. Como o Ministério Público Estadual atestou e a Folha registrou em editorial, não há qualquer irregularidade na obra. Mas surgiram questionamentos éticos, uma vez que minha família tem fazenda na cidade. Quero responder a essas questões.

A pista de pouso em Cláudio existe há 30 anos e vem sendo usada por moradores e empresários da região. Com as obras, o governo de Minas Gerais transformou uma pista precária em um aeródromo público. Para uso de todos.

As acusações de benefício à minha família foram esclarecidas uma a uma. Primeiro, se disse que o aeroporto teria sido construído na fazenda de um tio-avô meu. A área foi desapropriada antes da licitação das obras, como manda a lei. O governo federal reconheceu isso, ao transferir a jurisdição do aeroporto ao governo de Minas Gerais, o que só é possível quando a posse da terra é comprovada. Depois, levantaram-se dúvidas sobre o valor da indenização proposta pelo Estado. O governo ofereceu R$ 1 milhão. O antigo proprietário queria R$ 9 milhões e briga até hoje na Justiça contra o governo de Minas.

Finalmente, se disse que a desapropriação poderia ser um bom negócio para o antigo proprietário, porque lhe permitiria usar o dinheiro da indenização para arcar com os custos de uma ação civil pública a que responde. Não é verdade. O dinheiro da indenização está bloqueado pela Justiça e serve como garantia ao Estado de pagamento da dívida, caso o antigo proprietário seja condenado. Se não houvesse a desapropriação, a área iria a leilão. Se fosse um bom negócio para ele, não estaria lutando na Justiça contra o Estado.

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Zulcy Borges e editor e jornalista diplomado
Enviado por Saskia Bitencourt em 16/11/2015
Reeditado em 26/11/2015
Código do texto: T5450457
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