O amor que vem em primeiro lugar

Amor. Um substantivo popularmente usado para demonstrar sentimentos a algo ou alguém. Todos procuram seu significado e usam-no como artificio para encontrar a própria felicidade.

O que Bauman, sociólogo polonês, chamou de amor liquido , pode ser contextualizado, na sociedade moderna capitalista, como forma de gerar renda, onde produzir algo com o tema amor garantirá uma boa popularidade. E nessa contextualização , é perceptível quão frágil tornou-se o amor. As pessoas acham-se “donas” de seus companheiros , privando-os da liberdade de ir e vir, tornando seu relacionamento ,apenas, como forma de exibição. O amor tornou-se uma conquista.

Segundo uma linha da filosofia que tem como tema o amor, o ser humano cria um vazio assim que sai do útero de sua mãe, e o resto da vida procuram preencher esse vazio, tornando-se viciado no que o preencheu. Alguns tentam preencher o vazio com o amor à outra pessoa, prendendo-a e forçando-a a realizar seus “caprichos”. Esse vazio deve ser preenchido com amor, sim, mas com amor próprio.

Em uma sociedade onde tudo vira mercadoria, o amor não poderia restar. Amar tornou-se forma de exibição ou de preencher o vazio que criamos durante a vida, quando na verdade, o amor que vem em primeiro lugar é o amor próprio, o amor que deveríamos ter por nós mesmos.

Natália Faraldo
Enviado por Natália Faraldo em 27/10/2015
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