Um leve afastar-se de si mesmo, no retorno

No abismo de nossas teses, o sofrimento que se ergue, no particular, dado aos entraves do mundo complexo e fadado a encontrar uma unidade que pretenda seu discurso, o daimon, a consciência, o Deus, algo com que pairemos nossas dúvidas, que não cessam, pois são inerentes a natureza humana, assim como diria alguns que: "Todo homem deseja saber, sinal disso é o prazer que advém dos nossos sentidos, pois, a base de sua utilidade, são amados a causa de si mesmo."

Pois bem, mas que desejo falamos, pois se todos os seres, ao menos os animais demonstram esse dom. Então o que queremos, na livre adequação de um ambiente, no planar de coisas aladas, nos encontros diurnos, na sua mágica de seduzir, indefinida, cantada, ora pela beleza do encanto, que faz necessário um livre doce na alma, que alimenta um pedaço de ser, de viver.

Então estamos a falar de um desejo apreendido pela alma, pelo intelecto, que de retorno cria uma ideia, uma razão, mas pelo que e por que? É certo que a pergunta sempre a temos, assim como a culpa pelo erro, que para os grandes em espírito, não existe a transgressão e sim a culpa, pois, por mais que se acredite numa razão, que pode ser bela e bem demonstrada, ainda restará alguma culpa, no mínimo por uma existência interrogativa, que a todo momento, busca a culpa, indefinidamente acredito. E de base da culpa, seguimos a cria, criação da dor da existência, em poesia, dialetos, dialética, razão, ciência e o retorno a si mesmo, através da interrogação da existência.

Pingado
Enviado por Pingado em 11/09/2015
Reeditado em 11/09/2015
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