AMBRÓSIO, UM SOLITÁRIO.

Em questões de amor Ambrósio se sentia como alguém

Que estivesse num hipermercado portando algumas moedas

E vendo toda sorte de gêneros sem nada poder comprar.

E era assim sua vida de pouca sorte, feio e sem outros atrativos,

Mal arrumado de roupas, sapatos velhos, amarrotado...

Era a figura da pessoa que deveria ser triste...

Mas não, Ambrósio fazia amigos sinceros,

Havia quem o admirasse pelo bom caráter,

Era porteiro de um prédio de apartamentos classe média,

Encontrava nos moradores alguns como amigos...

Mas qual moradora livre e desimpedida lhe daria bola?

Sonhava muito com Tertuliana, a jovem solteira mãe de lindo bebê,

Cujo pai, tolo idiota, pensava, não assumira como devia,

Mas Tertuliana, não lhe enxergava por debaixo daquela simplicidade.

Mas num sábado, Ambrósio, com pouco dinheiro mesmo,

Mandou lhe entregar um ramalhete de lindas flores...

Quando Tertuliana leu a mensagem assinada Ambrósio Valadares,

Não sabia de quem se tratava, pois muitos lhe chamavam só de “Brósio”.

Veio ao encontro e indagou: Você viu quem me mandou estas flores, “Brósio”?

Não, Tertuliana, eu estava no banheiro e o portador me avisou pra te entregar!

***.Este conteúdo e nomes é mera ficção, qualquer semelhança é coincidência.